Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2013

Hoje há festa na minha aldeia

Hoje há festa na minha aldeia

É festa por vários motivos

Todos os anos já la vão 27, que acordo com os estrondos dos foguetes a lembrar que é dia de Santa Luzia.

Mas, a parceira do lado, faz questão de me lembrar, nem que seja baixinho, para não despertar o sono, que foi neste dia que “juntamos os trapinhos”.   

Ora como devem calcular, é impossível não assinalar ou eu não me lembrar deste dia, que por sinal até é, um dia, que gosto particularmente, porque esta festa de Santa Luzia, traz-me sempre boas recordações principalmente da minha meninice.

Por isso neste dia os motivos são muitos para haver FESTA.

 

 

 

Placa existente interior ..

“Mandou fazer esta capela excepto paredes a Ex. ma Srª. D. Virgínia Teixeira Ferreira e Viana  em 1887”

 

A Capela de Nossa Senhora dos Remédios, actualmente mais conhecida por Capela de Santa Luzia, por ser aqui que se realiza a festa em sua honra. 

 

 

 

A Marilia e a mãe também por lá passaram... 

 

 

 

 

 


publicado por dinis às 19:20
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Domingo, 3 de Fevereiro de 2013

41º Encontro de Clássicos Além Corgo

41º Encontro de Clássicos Além Corgo

O Sol raiava através da persiana entreaberta, pressupunha um dia fabuloso. Mal abri a porta, ouvi ao longe os sinos da torre da igreja de S. Dinis a anunciar alegremente a festa de S. Brás.

Aquele toque é inconfundível, imediatamente nos lembra canção do S. Brás, instintivamente acompanhada pelo compasso (toque) imposto pelos sinos.

 

A cantarolar lá fui eu tirar o clássico da garagem!

“Eu vou ao São Brás

de cu para a frente

Comprar uma gancha

Pr'á minha gente.”

Chegado ao largo do habitual encontro mensal, já por lá se encontravam alguns amigos com as suas fabulosas máquinas.

Ao longe o sino continuava a relembrar…    

"Vamos ao São Brás,

de cú ao p'ra trás

 Buscar uma Gancha

para o meu rapaz.”  

Um interessante grupo vindo de Lamego fez-nos companhia

António da Costa Mercedes Benz 230 CE 1986

João Duarte   Mini 1000 1977

Vitor Pinto  Mercedes Benz 300D 1982

Em qualquer lado da cidade, os sons dos sinos continuavam a relembravam-nos o dia do Santo protector das gargantas.

“Vamos ao São Brás,

de cú ao p'ra frente

 Buscar uma Gancha

p'ra minha gente".

De Vila Real compareceram pela primeira vez:

Sérgio Botelho Mini 1000 Special de Luxe Mk II

 

E a terminar o Citroen DS 21 do director do Jornal Noticias de Vila Real, Caseiro Marques e seus convidados.

Chegou o momento da ida ao São Brás – ou seja a festa das ganchas

Para esta ocasião, as confeitarias e particulares ainda fazem, as chamadas ganchas ou ganchinhas de São Brás (doce de açúcar em ponto de rebuçado, muito procurados pelas crianças e adultos).

Ao chegar à festa, encontramos as primeiras vendedeiras a vender as tradicionais ganchas do São Brás, junto à Camara Municipal.

 

Mas, e logo que o sino começa a tocar  novamente nós replicamos … 

 

Vamos ao São Brás

de cú ao p'ra trás

barriga p'ra frente

como a outra gente.

A Capela de S. Brás é na realidade a de Santo António, O Esquecido, construída em 1875 com as esmolas recolhidas pelo então sacristão da Sé. Nesse ano, a Igreja da Sé sofreu um incêndio e á única imagem que se salvou foi a de Santo António, que se encontra nesta capela.

A Capela de S. Brás encontra-se dentro do cemitério de S. Dinis como se pode ver na imagem de cima.  

Contemporâneo da fundação da cidade, o interesse da pequena igreja de S. Dinis, de raiz romano-gótica reside no facto de ter sido a primeira paroquial de Vila Real. Ampliada e restaurada em finais do séc. XV, a capela-mor no interior apresenta interessantes azulejos do séc. XVI.

Ao lado, merece atenção a ermida de S. Brás, também contemporânea do nascimento da cidade.

A capela estava aberta e havia pessoas a fazer as suas orações ao santo protector cumprindo ou fazendo novas promessas de tagarelas afónicas, gargantas desafinadas, rouquidões tísicas, nós que não desatam, bocas abertas de espanto ou outros engaranhos orais.

“Eu vou ao São Brás

De cu para o lado

Comprar uma gancha

Pr'ó meu namorado.”                      

Visita agradável, que contribui dar a conhecer aos amigos que nos visitaram esta secular festa e para manter viva a tradição da nossa terra e da nossa gente.

Contudo, a tradição já não é o que era e torna-se cada vez mais raro ouvir alguém a cantar ou a dar a tradicional volta ao cemitério, às arrecuas, sem abrir a boca para não entrar enguiço.

 

Venda das ganchas junto da centenária taberna Baca Belha 

Hoje dia 3 de Fevereiro, dia de S. Brás, os rapazes oferecem a gancha ás raparigas, no dia 13 de Dezembro, dia de Santa Luzia, as raparigas retribuem oferecendo o pito aos rapazes.  .

Lenda esta que se transformou numa brincadeira de entre casais.

Como comentou Ricardo Almeida naquela Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2008 no seu blog 

Etnografia Transmontana

Cultura Material e Imaterial de Trás os Montes

“(…)procurando na Vila Velha a tão famosa gancha, guloseima em forma de báculo de bispo. Esta é conotada com o órgão sexual masculino que os rapazes oferecem às raparigas após estas lhe terem ofertado o pito e resulta do enrolamento de açúcar em ponto e enfeitada com uns papéis coloridos.”

http://etnografiatransmontana.blogspot.pt/2008/12/festa-de-so-brs-vila-real.html

 


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Domingo, 13 de Dezembro de 2009

Santa Luzia

 

A festa da minha aldeia, Santa Luzia - Vila Nova de Cima

 

Do avô para os netos

 

Num dos mais belos outeiros Vila-realenses, surge na vertente Oeste-Sudoeste uma das mais encantadoras aldeias transmontanas, Vila Nova. 

            Identificadas pela fisionomia do terreno, encontramos dois aglomerados populacionais, Vila Nova de Cima e Vila Nova de Baixo, cujas origens se perdem ao longo dos tempos, na antiga Vila Nova de Panoias. Actualmente quase indistintos, desenvolveram-se ao longo dos anos, pelos numerosos habitantes, atraídos pela amplitude da verdejante paisagem, convidativo sossego e saudável ar puro.

            No alto da sua vistosa colina, encontra-se a capela de Nossa Senhora dos Remédios, local de recolhimento, encanto e mistério.

             Em meados dos anos vinte, uma nova "filha" ocupará para sempre o coração deste povo, acolhendo-A estusiasticamente, numa alegria própria de tão solene acontecimento.

            Como de costume os tradicionais festejos em honra de Santa Luzia, encontravam-se ao cuidado de uma comissão de festas composta por elementos das freguesias de Folhadela e Ermida.

            Representada numa artística imagem, esculpida em pedra, com pouco mais de um metro, revelava com sobriedade as suas remotas origens. Com todo o seu esplendor e rara beleza, escutava todos os que se lhe dirigiam, principalmente aqueles que se encontram na eminência de perder a visão.

          Próximo da casa do guarda da C.P., nas Penelas, encontra-se a sua capela, circundada pela linha de caminho de ferro e dissimulada num jardim de oliveiras, é local de encontro anual a 13 de Dezembro, para uma das mais solenes festividades religiosas.

 

          Inúmeros peregrinos caminhavam entre os diversos socalcos, ao longo de estreitos e sinuosos caminhos, onde a irreverência da rapaziada, se confundida com a alegria e o cuidado dos adultos. Outros, experimentavam pela primeira vez a vertiginosa velocidade do comboio, numa memorável e quantas vezes, única viagem.

          Campos desertos, um frio de enregelar, tudo e todos, aconselhando o calor do lar. Enquanto os dias aguardavam o solstício do Inverno e consequente aproximação das esperadas festividades.

          O dia começara bem cedo principalmente para os mordomos que, tradicionalmente ao raiar do dia, abriam as portas, iniciando as tradicionais festividades. Por entre a penumbra do amanhecer surge a capela, altiva e misteriosa, como que a querer esconder o mistério que para sempre a envolverá. Perante o espanto e a surpresa geral, numerosos devotos, tomam conhecimento, estupefacto, enquanto observam atónito o insólito acontecimento:

          - Porta arrombada e a constatação do inacreditável:

          - Falta da sua venerada santa.

          Várias foram as diligências então tomadas, mas o que é certo é que o mistério nunca se resolveu, contribuindo para as inúmeras histórias que ao longo dos anos alimentaram as mais diversas conversas.

          Nos anos seguintes, Vila Nova e Ermida, passam a celebrar a efeméride, enquanto a primitiva capela se vai deteriorando, com o decorrer dos tempos.

 

          Avô, conta mais uma história…

Filipe, Cristina, Mário e Emanuel Dinis,

                                                                                                          Nené

 

 

 

Publicado no jornal de Folhadela no final do século passado.

Conto de Mário Rodrigues Diniz

 

 

No século XIX o culto a Santa Luzia também era realizado na igreja de Santo António, no Calvário, em Vila Real a par da romaria á capela de sua invocação em Penelas, localidade pertencente na época á freguesia de Folhadela e agora partilhada com a da Ermida.

Com a chegada do caminho-de-ferro a Vila Real a 1 de Abril de 1906, a Linha do Corgo passou a servir a capela na estação de Carrazedo. Naquele que foi o primeiro traçado de via estreita construído e explorado pelo Estado Português.  

 

 

 

Hoje visitei pela primeira vez a velha capela de Santa Luzia nas Penelas que tanto o meu pai falava. Havia uma imagem da Santa, muito valiosa que foi roubada, embora houvesse gente que sabia do seu paradeiro, mas o que é certo . a Santa Luzia nunca mais apareceu e a capela hoje, encontra-se em ruínas.

 

 

Mosteiro de Santa Clara (século XVII)

 

 

 

 

 

Vila Real : Convento da Santa Clara
Edição : Ourivesaria Soares

 

 

 

O mosteiro de Santa Clara, da invocação de Nossa Senhora do Amparo, pertencia à Ordem das Clarissas, também chamadas Claristas, do nome da primeira freira professa, Santa Clara de Assis.

Foi seu instituidor o padre Jerónimo Rodrigues, cónego da colegiada de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães, abade de S. Miguel de Serzedo, e natural de Vila Real.

Segundo a inscrição que se encontrava gravada no interior da sua igreja, o mosteiro teria sido fundado e edificado em 1603. Ora, de acordo com a Rellação e outras fontes, a sua construção iniciou-se em 1602 e, em 1608, foi examinado pelas autoridades locais e considerado apto a receber as primeiras freiras.

Este convento localizava-se ao cimo do Campo do Tabolado, na rua do Carvalho, formando ângulo com a quelha dos Quinchorros.

Jerónimo Rodrigues, ao falecer, dotou o convento com 50 000 réis anuais e exarou no seu testamento uma escritura de instituição do padroado do mosteiro de Santa Clara, com 18 capítulos, os quais foram confirmados pelo arcebispo de Braga, e sentenciados, em 1609, pelo tribunal da Relação bracarense. Em 1721, o mosteiro tinha 65 religiosas   a disposição do fundador, neste caso, tinha sido revogada por breves apostólicos -, e era seu padroeiro Francisco Botelho Monteiro de Lucena.

Em 1855, quando se encontrava habitado por uma só freira, esta casa religiosa passou ao Estado que, no mesmo ano, a cedeu às recolhidas de Nossa Senhora das Dores.

Por fim, em 1926, o mosteiro foi demolido para a construção do paço episcopal da diocese de Vila Real e do seminário de Santa Clara.

"Memórias de Vila Real",   de Fernando de Sousa e Silva Gonçalves

 

 

 

Capela e

imagem de Santa Luzia em Vila Nova no dia da festa

 

 

Hino

 

Salve, salve, Luzia bendita,

Linda Estrela de intenso fulgor,

A guiar quem na terra milita

Pela paz, pelo bem, pelo amor

 

Castro lírio de intenso perfume,

Nos jardins lá do céu a brilhar

Tua vida em amor se resume

Virgem mártir de glória sem par.

Ó Virgem mártir

Santa Luzia

És nossa esperança,

Nossa Alegria.

 

Escuta as preces

Do povo teu

E vem guiar-nos

Da terra ao Céu

Ao Céu ao Céu

Não temeste no mundo a fogueira

Que o tirano a teus pés acendeu

Levantaste bem alto a bandeira

Da pureza, divino troféu.

 

Um milagre quis Deus que viesse

Demonstrar teu valor singular,

Virgem Mártir, escuta esta prece

Nos combates que iremos  travar

Coro

Vila Nova 13 de Dezembro

Im

Verso da estampa de Santa Luzia

 

 

Pitos de Santa Luzia


"Santa Luzia e São Brás

  fazem um par bem bonito

 o santo oferece-lhe a gancha

a santa promete-lhe o pito"

No dia de Santa Luzia, 13 de Dezembro, em Vila Real, manda a tradição que as raparigas ofereçam o pito aos rapazes seus eleitos, para que no dia 3 de Fevereiro, na festa de São Brás, os rapazes, retribuam a oferta com a gancha.

Atenção, o pito é um bolo recheado de doce de abóbora e, a gancha um rebuçado em forma de báculo bispal.

 

Lenda do pito de Santa Luzia

Ao contrário da maioria da doçaria regional que teve berço "conventual" os pitos, que a tradição manda comer no dia de Santa Luzia, tiveram criadora de origem rural e humilde, na aldeia de Vila Nova, em Vila Real, embora de "fábrica" igual à daqueles.

Foi uma moçoila dali que os "inventou" quando foi servir para o Convento de Santa Clara, onde tomaria o hábito depois dum noviciado entre a cozinha e o apoio aos pobres e doentes a que a Ordem, na sua misericórdia e caridade infinitas, dava guarida de hospital.

Maria Ermelinda Correia, de seu nome de baptismo, depois irmã Imaculada de Jesus, era deveras gulosa. Foi este defeito que levou a família a pedir a graça da clausura na esperança de lho transformar em virtude.

Conhecendo-lhe o "pecado", a penitente abstinência que lhe impuseram foi por isso mais forte, e por tal mais redentora, o que lhe agravava o mal e aumentava o padecimento. Na resignação e força da fé lá resistiu às investidas dum estômago ávido de coisas boas e doces. Não tinha acesso às muitas iguarias que se faziam no Convento, pois eram feitas mais para fora e para as mesas de festa das irmãs regulares.

E se no intervalo dum silêncio de "regra" conventual falava de doces, a resposta de advertência era sempre a mesma: "nem vê-los", dizia-lhe a madre superiora.
Na sua inocência, e começando a percorrer os caminhos da Fé e da Doutrina para o noviciado, tornou-se devota acérrima de Santa Luzia, orago dos cegos e padroeira das coisas da vista.
Não se sabe hoje ao certo o tempo e a razão desta arreigada crença. Os documentos consultados não o registam com evidente certeza. Tanto pode ter sido porque a madre superiora via muito mal, capacidade agravada na escuridão da clausura conventual, ou pelo agradecimento da ideia que lhe ocorreu para conseguir satisfazer, nos amargores do pecado, a doçura dos momentos escondidos.

Foi assim que os pitos de Santa Luzia lhe foram consagrados, e como tal testemunha a festa que ainda nos dias de hoje, a 13 de Dezembro, na capela de Vila Nova às portas da cidade, mantém a tradição.
E como apareceram os pitos?

A ainda Ermelinda, aspirante a irmã Imaculada de Jesus, tendo ouvido a história do Milagre das Rosas, ao orar a Santa Luzia teve uma visão que lhe aplacou a alma num milagre de doces esperanças.

Naquela manhã fizera o curativo a uns quantos enfermos. Na maior parte dos casos foram feridas, contusões e inchaços nos olhos. O remédio daquele tempo eram os "pachos de papas de linhaça".

Eram uns quadrados de pano cru onde se colocava a papa, dobrados de pontas para o centro para não verter a poção. A pequena "almofada" era depois colocada, como um penso, no ferimento.

Foi a sua redenção. Correu à cozinha e fez uma massa de farinha, pois a pouco mais tinha acesso, e cortou-a em pequenos quadrados. Não tinha doce mas, tendo guardado religiosamente o cibo de açúcar que lhe cabia em ração, fez uma compota de calondro (abóbora). O tacho ao lume poucas suspeitas levantava. As cascas e sobras só lembravam o pouco uso que tinha no caldo e o muito na engorda do gado. E a massa escurecida pelo ponto do açúcar não mais do que a linhaça da mézinha, que se quer cozida.

Dobrou a massa por cima da compota, à imagem dos "pachos", e cozeu-os no forno sempre quente a qualquer hora do dia. Despachou-se em seguida a escondê-los debaixo do catre da sua cela.

No caminho cruzou-se com a Madre Superiora. No meio da escuridão a abadessa pergunta-lhe o que leva no tabuleiro. A velha senhora ainda empina o nariz para ver se o adivinha pelo cheiro. Diz-se que na falta de um ou outro sentido os restantes se apuram, mas nesta apenas o ouvido era de tísica.

A resposta, depois de um primeiro engasgar, soltou-se logo. Era tudo em nome das duas santas, a da "receita" e a das rosas, imitadas nesta aspiração de ser igual quando se professa e toma hábito e voto:
"São pachos de linhaça Irmã Madre... para os meus doentinhos que amanhã virão".

Dali para a frente, e já Irmã Imaculada de Jesus, fez sempre que podia, houvesse ou não olho tumefacto, gretado, remeloso ou negro de um qualquer sopapo de briga de feira, os "pachos" de abóbora.

Não eram muito agradáveis à vista mas, ao menos, satisfaziam-lhe a gula e calavam na profundeza da alma o pecado que não sentia porque, comendo-os na escuridão da cela e da noite, sabia, porque o tinha ouvido dizer, que "do que não se vê não se peca".

Da evolução dos pachos de abóbora para os pitos que no dia de Santa Luzia se celebram, não rezam as crónicas consultadas, e outras não há que o confirmem ou desmintam.

Vá lá a gente saber o porquê de uma história que, tendo origem tão santa, se vê, talvez na lucobricidade dos Homens, transformada num ritual de trocas e promessas. O pito é dado a quem, de outro santo e outro doce - as ganchas de S. Brás - a deram antes para receber aquele agora.

claudia

 

 

 

E assim os Pitos de Santa Luzia foram lhe consagrados, e como tal testemunha a festa que ainda hoje, a 13 de Dezembro, na capela de Vila Nova de Cima e na Ermida, ainda mantém a tradição.

 

 

Pitos de Santa Luzia


- 150gr farinha de trigo
- 75gr Manteiga sem sal (à temperatura ambiente)
- Água
- Sal refinado
- Doce de abóbora
- Açúcar em pó

Amassar a farinha com a manteiga e uma pitada de sal, delicadamente.
Juntar um pouco de água e amassar. Ir juntando a água até a massa deixar de pegar e ficar algo consistente.
Deixar descansar entre 15 a 20 minutos.

Untar um tabuleiro com um pouco de manteiga e polvilhar com farinha.

Estender a massa numa mesa polvilhada com farinha e corte-as em quadrados com 10cm de lado. No centro dos quadrados coloque uma colher pequena de doce de abóbora. Dobre as pontas para o centro, unindo-as de forma a formar uma trouxa.
Leve a forno já quente, a 160ºC, durante 15 minutos.

Não tosta nem ganha cor.

 

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publicado por dinis às 23:09
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