13º circuito Vila Real Fórmula 3
Joaquim Filipe Nogueira foi um dos mais brilhantes pilotos do automobilismo nacional.
Na juventude, a arte equestre ainda o aliciou, mas o desporto automóvel acabou por o atrair após as inúmeras participações em gincanas, ralis e circuitos.
Os resultados entretanto alcançados nas provas nacionais e internacionais contribuíram para a sua enorme popularidade.
Algumas participações do seu vasto palmarés
1947 Gincana de Lisboa Standard
1950 IV Rallye Internacional Lisboa segundo classificado da geral e melhor português em MG TC
1952 Triunfo no Rallye Internacional de Lisboa em Porsche 356
1952 Volta à França em Porsche
1954 Circuito de Tanger 2º em Denzel
1955 XXV Rallye Automobile de Monte Carlo em Porsche 356
1956 Grande Prémio de Espanha em Porsche 1º
1956 Na taça Cidade do Porto é 2º com um Porsche , mas na prova Internacional a sua carreira foi interrompida após o grave acidente ocorrido com o Ferrari 750 Monza a três voltas do fim, quando comandava aprova.
1957 Volta a Nurburgring onde foi 11º com um Porsche 356 Carrera
1962 Circuito de Fortaleza em Jaguar 3.2 foi 1º
1963 4º no circuito de Montes Claros Porsche 550
1965 Grande Prémio de Portugal em cascais foi 4º com um Lotus F 3
Para as corridas em Vila Real onde a Fórmula 3 era a novidade, todos esperavam uma boa prestação dos volantes nacionais.
Luís Fernandes inscrito com um Matra e Joaquim Filipe Nogueira a estrear o Brabham do seu Portuguese Racing Team para defrontar os concorrentes estrangeiros na prova Internacional, a mais importante da jornada vila-realense.
O Matra de Luís Fernandes não compareceu e assim Filipe Nogueira foi o único concorrente nacional a percorrer o circuito para adaptação, e nos treinos obter o 5º tempo e uma dor de costas, conforme nos informa o Jornalista do Comércio do Porto
“ - Alguma lesão?
- Tenho as costas queimadas. O depósito verteu alguma gasolina e com a transpiração e o calor fiquei ligeiramente queimado. Nada de grave(…).
No dia seguinte
“(…) O nosso Filipe Nogueira fez o que pode perante estes profissionais do “volante “ internacionais. O público logo à tarde vai vibrar com os pequenos “bólides” da Fórmula 3”
Dizia o Comércio do Porto.
Novamente no jornal O Comércio do Porto de Segunda-feira 11de Julho de 1966, podemos ver uma desenvolvida reportagem sobre o acidente ocorrido no Domingo, durante a prova de Fórmula 3.
Joaquim Filipe Nogueira passa entre os destroços do carro de Charles McCarty e Steve Matchett
No final, Joaquim Filipe Nogueira foi 5º com 24 voltas e o tempo de 1h 10m 42,77s. sendo a sua volta mais rápida em 2m 52,03s
Circuito Internacional de Vila Real prova de Fórmula 3
Para 1967, e na corrida principal, a prova de Fórmula 3, estão inscritos novamente dois pilotos portugueses com bólides decorados com as cores nacionais “Vermelho e Branco” o Brabham do Portuguese Racing Team de Joaquim Filipe Nogueira, aqui estreado no ano anterior, e a estrear o novo Brabham BT 21 de Carlos Gaspar.
Um cena familiar, para a família Filipe Nogueira, nesta foto histórica, Joaquim Filipe Nogueira e José Filipe Nogueira , em cima do Brabham BT18 Ford do Portuguese Racing Team ou seja pai e filho, … é de pequenino que se começa…e se prolonga até à actualidade.
Ao fundo o Brabham BT21 de Carlos Gaspar
Os treinos de sexta-feira foram mais favoráveis a Carlos Gaspar que obteve o 7º lugar e no sábado para Filipe Nogueira a 12º posição.
Os bólides aguardam nas boxes o início da corrida…
Entre outros podemos ver com o nº 87 Chris Williams, …, …, 92 Charles Mc Carthy …,94 Barry Collerson
Durante a corrida, Filipe Nogueira aproxima-se de Carlos Gaspar, ultrapassa-o, mas é obrigado a abandonar. Definitivamente o 4º lugar não seria para os portugueses, uma vez que o Repco de Carlos Gaspar deixou de funcionar perto da meta, mas classificando-se ainda no 10º lugar.
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