A primeira corrida de 1949, a prova da categoria Sport Grupos I, II e III.
Início da prova Camilo Fernandes ao centro
Eduardo Alves Barbosa ou Corte Real Pereira.
Camilo Fernandes
O Lancia Aprilia de Manuel Santos Pinto seguido do Riley Sprite de António Camilo Fernandes
António Pinto Correia
Circuito de vila Real 1951
O Dima Nº 4 do vila-realense Elísio de Melo durante o VII Circuito de Vila Real
Um especto da luta entre Casimiro de Oliveira e Jorge Monte Real
Foto Macário
Foto Marius
Três Dima inscritos em Vila Real
Dima Nº 4 - Elísio de Melo no LF-11-52 durante o VII Circuito de Vila Real em 1951.
A Dima e DM são a mesma marca despontada em Portugal em 1951, pela mão do catalão Dionísio Mateu e responsável por sete carroceiras diferentes, principalmente para a competição e ainda transformou vários veículos para o uso no dia-a-dia.
A ideia de um carro de “grand sport” surgiu após do 1º Circuito Internacional do Porto, depois da tentativa frustrada de comprar o Cisitalia 204 A de Emílio Romano desenvolvido por Carlo Abarth.
“Dava-lhe 100 contos”, mas a resposta foi “O carro só seria meu se me dispusesse a pagar 200 contos”.
Como era demasiado caro rapidamente começou a idealização do um projecto baseado nos Simca, como já o faziam muitos outros construtores independentes.
A escolha recaiu no chassis utilizado pelo Simca 1100, no qual foi implantado uma carroçaria desenhada pelo próprio Dionísio Mateu e executada nas instalações da Auto Federal, Lda.
Novamente Dionísio Mateu: "(…) Do motor velho fez-se um novo, em várias oficinas conhecidas e até em minha casa - onde foram calibrados e polidos a cambota, bielas e os pistões, sendo modificados o volante do motor e embraiagem. A carroçaria toda construída sob a minha direcção é aquilo que se vê".
E os Dima começam as actividades desportivas
Vila Real
Três automóveis Dima 1100 foram inscritos no Circuito Internacional de Vila Real em 1951
Nº 4 - Elísio de Melo
Nº 5 - Júlio Simas
Nº.6 - Francisco Corte Real Pereira
À partida na Avenida Almeida Lucena, o carro Nº 5 de Júlio Simas não compareceu na sequência do acidente ocorrido durante os treinos, quando um rapazito saltou para a pista e para o evitar, despista-se, com consequências apenas para o seu automóvel.
No final, Francisco Corte Real termina em 6º e Elísio de Melo obtêm o 8º lugar da geral e segundo da classe III, onde o primeiro lugar da mesma classe foi para o Cisitalia Abarth 204 Spyder Sport de Emílio Romano, curiosamente o carro que Dionísio Mateu esteve para comprar no ano anterior.
A vitória à classe surgiu no circuito da Boavista, durante o 2º Circuito Internacional do Porto e 1º Grande Prémio de Portugal, por intermédio de Corte Real Pereira com o seu 11º lugar na geral, onde Elísio de Melo e Júlio Simas não completaram a prova.
A designação Dima provocou uma reacção da marca Panhard, por causa da semelhança fonética com o seu modelo Dyna, tendo sido a marca portuguesa alterada para DM, as iniciais do seu fundador.
A comercialização de kits de transformação para os Simca, Fiat e Austin do dia-a-dia provenientes do seu envolvimento na competição, começou a interessar os mais interessados em aumentar as performances dos seus veículos,
A 22 de Junho de 1952, na Boavista, para o 3º Circuito Internacional do Porto, 2º Grande Prémio de Portugal, os três automóveis ainda estavam inscritos como Dima e destinados a:
Nº 5 – Elísio de Melo Dima
Nº 6 – Joaquim Filipe Nogueira – Dima
Nº 4 – Corte Real Pereira – Dima
Nova vitória de Corte Real Pereira na classe até 1100 cc
Mas, a 5 de Julho, em Vila Real, já estão inscritos como DM o
Nº 5 - Corte Real – DM 1100
Nº 3 - Elísio de Melo – DM 1100
Nova vitória e um segundo lugar no Grupo III foi o saldo positivo de mais uma participação em provas nacionais.
Enquanto esteve em actividade produziu mais de sete carroçarias diferentes, e alcançou um grande número de vitórias na classe, entre 1951 e 1954.
Desentendimentos entre os dois sócios, estão na origem do encerramento de mais uma marca nacional
No Caramulo Motorfestival em 2008
Rampa do Caramulo em 2008
O DM, no Museu do Caramulo, durante a exposição Automóveis Portugueses em 2009
Para saber mais
Auto Clássico nº 17 de Maio de 1993
Circuito de Vila Real 1952
A chegada de três Ferrari.
Os dois 225 S Spider Vignale, amarelos da equipa CSC (Conde da Covilhã, Sameiro e Casimiro), na alfândega de Lisboa, antes de usarem exclusivamente pneus de fabrico nacional, Mabor.
Ao fundo, o 166MM de Guilherme Guimarães, azul metalizado.
No ano em que mais Ferrari correram em Vila Real os caros nacionais também marcaram presença.
Um recorde …. Nove Ferrari.
O ano em que mais Ferrari percorreram o circuito Internacional de Vila Real, foi em 1952 e com resultados muito diferentes.
Ora então, aí estão.
Vitória (Oliveira), segundo (Mascarenhas), terceiro ( Biondetti) e um quinto lugar (G. Oliveira), a Ferrari também assinalou um abandono( Nogueira Pinto), 3 acidentes ( Stagnoli, Castelotti e Sameiro), e um piloto a treinar( Monte Real) e a não alinhar.
Vasco Sameiro comanda o início da prova….
Ao fundo o primeiro Porsche a correr em Vila Real um Porsche 356 pre-A de 1100 cc tripulado por Manuel Nunes dos Santos
Em primeiro plano o Simca 8 Spéciale de Charles Huc eguido do Nº. 2 Pierre Larrue também num Simca Special - 1100
Na terceira volta o estado em que ficou o Ferrari 225S Touring Barchetta Nº16 de Eugenio Castelotti
Na 9º volta, em Abambres, António Stagnoli no Ferrari 225S #0176ED despista-se com bastante gravidade.O acidente do Ferrari Nº 18, provocou diversas fracturas e ferimentos a Stagnolli, obrigando o seu transporte para o Porto. Mas, mesmo assim, na casa de saúde onde se encontrava internado, justificou o seu azar, como tendo sido o simples facto de não ter trazido consigo a sua irmã Gabriella, como acontecera nas outras provas anteriores
Na curva de S. Pedro, Vasco Sameiro não conseguiu evitar uma saída de pista, motivada por alguns problemas nos travões do seu 225S. Foi na 13ª volta da corrida e obrigou o piloto a desistir. O carro é levado pela Policia e bombeiros e populares para junto de um tanque que ali existia.
Casimiro de Oliveira vence a prova.
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