Prova de Fórmula 3
Nas boxes, Peter Korda em Tecno Cosworth MAE
Na primeira linha da partida
Manfred Mohr , Roonie Petterson e Allan Rollinson
seguido de
Cris Williams e Jurg Dubler
No fim da prova António Vilela tira uma fotografia junto do Lotus de fórmula 3 de Jonh Miles que também se encontra ao lado
13º circuito Vila Real Fórmula 3
Joaquim Filipe Nogueira foi um dos mais brilhantes pilotos do automobilismo nacional.
Na juventude, a arte equestre ainda o aliciou, mas o desporto automóvel acabou por o atrair após as inúmeras participações em gincanas, ralis e circuitos.
Os resultados entretanto alcançados nas provas nacionais e internacionais contribuíram para a sua enorme popularidade.
Algumas participações do seu vasto palmarés
1947 Gincana de Lisboa Standard
1950 IV Rallye Internacional Lisboa segundo classificado da geral e melhor português em MG TC
1952 Triunfo no Rallye Internacional de Lisboa em Porsche 356
1952 Volta à França em Porsche
1954 Circuito de Tanger 2º em Denzel
1955 XXV Rallye Automobile de Monte Carlo em Porsche 356
1956 Grande Prémio de Espanha em Porsche 1º
1956 Na taça Cidade do Porto é 2º com um Porsche , mas na prova Internacional a sua carreira foi interrompida após o grave acidente ocorrido com o Ferrari 750 Monza a três voltas do fim, quando comandava aprova.
1957 Volta a Nurburgring onde foi 11º com um Porsche 356 Carrera
1962 Circuito de Fortaleza em Jaguar 3.2 foi 1º
1963 4º no circuito de Montes Claros Porsche 550
1965 Grande Prémio de Portugal em cascais foi 4º com um Lotus F 3
Para as corridas em Vila Real onde a Fórmula 3 era a novidade, todos esperavam uma boa prestação dos volantes nacionais.
Luís Fernandes inscrito com um Matra e Joaquim Filipe Nogueira a estrear o Brabham do seu Portuguese Racing Team para defrontar os concorrentes estrangeiros na prova Internacional, a mais importante da jornada vila-realense.
O Matra de Luís Fernandes não compareceu e assim Filipe Nogueira foi o único concorrente nacional a percorrer o circuito para adaptação, e nos treinos obter o 5º tempo e uma dor de costas, conforme nos informa o Jornalista do Comércio do Porto
“ - Alguma lesão?
- Tenho as costas queimadas. O depósito verteu alguma gasolina e com a transpiração e o calor fiquei ligeiramente queimado. Nada de grave(…).
No dia seguinte
“(…) O nosso Filipe Nogueira fez o que pode perante estes profissionais do “volante “ internacionais. O público logo à tarde vai vibrar com os pequenos “bólides” da Fórmula 3”
Dizia o Comércio do Porto.
Novamente no jornal O Comércio do Porto de Segunda-feira 11de Julho de 1966, podemos ver uma desenvolvida reportagem sobre o acidente ocorrido no Domingo, durante a prova de Fórmula 3.
Joaquim Filipe Nogueira passa entre os destroços do carro de Charles McCarty e Steve Matchett
No final, Joaquim Filipe Nogueira foi 5º com 24 voltas e o tempo de 1h 10m 42,77s. sendo a sua volta mais rápida em 2m 52,03s
A primeira corrida de Fórmula 3 em Vila Real
O acidente que eu vi da varanda do meu primo Felix e da Aidinha, contado pelo seu protagonista posteriormente Charles McCarthy conhecido por "Chuck" quando residia em Vila Real
Na sequência de um contacto com a berma da ponte e consequente despiste, seguido de um toque do seu compatriota Steve Matchett, na 11ª. volta, espalham os destroços dos seus Brabham ao longo da Ponte Metálica. Entretanto, alguns pedaços saltam os resguardos da ponte, em direcção ao rio.
Joaquim Filipe Nogueira passa entre os destroços do carro de Charles McCarty e Steve Matchett
Circuito Internacional de Vila Real prova de Fórmula 3
Para 1967, e na corrida principal, a prova de Fórmula 3, estão inscritos novamente dois pilotos portugueses com bólides decorados com as cores nacionais “Vermelho e Branco” o Brabham do Portuguese Racing Team de Joaquim Filipe Nogueira, aqui estreado no ano anterior, e a estrear o novo Brabham BT 21 de Carlos Gaspar.
Um cena familiar, para a família Filipe Nogueira, nesta foto histórica, Joaquim Filipe Nogueira e José Filipe Nogueira , em cima do Brabham BT18 Ford do Portuguese Racing Team ou seja pai e filho, … é de pequenino que se começa…e se prolonga até à actualidade.
Ao fundo o Brabham BT21 de Carlos Gaspar
Os treinos de sexta-feira foram mais favoráveis a Carlos Gaspar que obteve o 7º lugar e no sábado para Filipe Nogueira a 12º posição.
Os bólides aguardam nas boxes o início da corrida…
Entre outros podemos ver com o nº 87 Chris Williams, …, …, 92 Charles Mc Carthy …,94 Barry Collerson
Durante a corrida, Filipe Nogueira aproxima-se de Carlos Gaspar, ultrapassa-o, mas é obrigado a abandonar. Definitivamente o 4º lugar não seria para os portugueses, uma vez que o Repco de Carlos Gaspar deixou de funcionar perto da meta, mas classificando-se ainda no 10º lugar.
No inicio de Setembro de 2008, Charles McCarty visita Vila Real. Acompanhado pela vila-realense que entretanto rumara às terras de Sua Majestade, percorre o circuito, ou melhor revive a pista que em 1966, 1967 e 1968, havia pisado como piloto.
O seu melhor lugar acontece em 1967, onde com uma maior experiência e um melhor conhecimento do traçado, obtêm o 4º lugar, com um Brabham BT 18. Steve Matchett, o seu companheiro de desgraça, abandona, depois de ter obtido o 3º tempo dos treinos, com um ultrapassado BT 15. No ano anterior, o acidente quase o deixa na ruína, ou não fosse a colaboração de vários beneméritos durante a entrega de prémios.
Em 1968, voltou a não ser feliz, Charles foi obrigado a abandonar na 6º volta.
Na actual Ponte de Ferro sobre o rio Corgo, recorda o seu acidente ocorrido durante a sua primeira participação. Na sequência de um contacto com a berma da ponte e consequente despiste, seguido de um toque do seu compatriota Steve Matchett, na 11ª. volta, espalham os destroços dos seus Brabham ao longo da Ponte Metálica. Entretanto, alguns pedaços saltam os resguardos da ponte, em direcção ao rio. Espectadores e elementos de segurança, aguardam impacientemente que nenhum piloto tivesse a infelicidade de acompanhar algumas dessas partes.
Imediatamente os bombeiros constatam somente a existência de alguns destroços espalhados pela encosta, uma vez que os respectivos pilotos nada sofreram além do tremendo susto.
Alguns pedaços dos bólides foram posteriormente recolhidos e guardados em várias residências, incluindo uma roda pertencente ao formula 3, ainda se encontra bem guardada.
Resultadosdas suasparticipações:
Charles McCarty
1966 Nº 28 BT 18 Acidente
1967 BT 18 Nº 92 4º lugar
1968 BT 18 Nº 23 Abandonou.
Steve Matchett
1966 Nº 3 BT 15 Acidente
1967 Nº 98 BT 15 abandonou.
A partir de então, tem visitado a barbearia situada na curva mais famosa de Vila Real, a curva da Salsicharia, ou melhor, o Sinaleiro, a mítica curva que depois de 1958, proporcionou inúmeras e variadas emoções quer a pilotos e fotógrafos ou espectadores.
É nesse local que se encontra o livro “Circuito Internacional Automóvel de Vila Real Recordações de corredores” com algumas opiniões de pilotos, entre os quais as de McCarthy, nos anos de 1966 ou 67 e 1968, onde se pode ler:
“Eu achei a organização da corrida de alto calibre. Os fiscais das bandeiras fizeram um excelente trabalho. Para o próximo ano eu penso que deviam considerar os seguintes melhoramentos:
A superfície da pista em alguns pontos está irregular e deveria ser recoberta.
A grelha de partida deveria ser mais afastada. Os carros estão perigosamente juntos à partida.
“Eu estou muito contente com a corrida e espero voltar no próximo ano.”
Charles Mc Carty
1968
“Como sempre o meu circuito favorito na minha cidade com pessoas muito simpáticas.”
Charles Mc Carty
Local de encontro de pilotos, entusiastas e curiosos á procura de novidades ou recordações, amavelmente disponibilizadas por Joaquim Teixeira, coleccionador, expositor e divulgador do nosso maravilhoso circuito e quem sabe encontrar Charles Mc Carty a cortar o cabelo.
Assim encontrei no jornal O Comercio do Porto de Segunda-feira 11de Julho de 1966, uma desenvolvida reportagem sobre o acidente ocorrido no Domingo.
Algumas imagens do XIII Circuito Internacional de Vila Real
Na legenda deve retirar-se o nome de Charles McCarty, em virtude de não ter sido reconhecido pelo próprio.
Visita de Charles McCarthy
No inicio de Setembro, Charles McCarthy, resolveu visitar Vila Real. Acompanhado por uma Vila-realense percorre o Circuito. ou melhor revive a pista que em 1966, 1967 e 1968 havia percorrido como piloto.
Em 1967 e com muita mais experiencia e consequentemente um melhor conhecimento do traçado, com um Brabham BT 18 obtêm o 4º lugar enquanto Steve Matchett o seu companheiro de desgraça abandona, depois de ter obtido o 3º tempo dos treinos com um ultrapassado Brabham BT 15, enquanto no ano anterior um acidente quase o deixa na ruína, não fosse a colaboração de vários beneméritos .
Novamente em 1968 foi obrigado a abandonar na 6º volta.
Visita a Ponte de Ferro e aí recorda o seu acidente em que com Steve Matchett espalharam os destroços dos seus bólides ao longo da Ponte Metálica, tendo alguns bocados caído ao rio deixando em sobressalto os espectadores ao pensarem na pouca sorte de um piloto também poder ter sido projectado.
Imediatamente os bombeiros constataram que somente alguns destroços se encontravam espalhados pela encosta, muitos dos quais foram posteriormente guardados em diversas residências.
De salientar que a roda pertencente ao Formula 3, ainda se encontra em Vila Real.
Charles McCarthy 1966 Nº 28 BT 18 Acidente ::::1967 BT 18 Nº 92 4º lugar :::1968 BT 18 Nº 23 Abandonou
Steve Matchett 1966 Nº 3 BT 15 Acidente ::: 1967 Nº 98 BT 15 abandonou
Charles McCarthy é o piloto que se encontra com os braços levantados.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. 13º Circuito de Vila Real...
. A primeira corrida de Fór...
. Circuito Internacional de...
. As visitas de Charles Mc ...
. Visita de Charles McCarth...