Luís Manuel Alves no Datsun 1200
A prestação do brigantino Luís Manuel Alves no Circuito de Vila Real com o pequeno Datsun 1200, onde foi 11º da geral e terceiro da classe 2.
Atrás, António Barros em Aurora Porsche RSR futuro 2º classificado.
Na época uma outra foto publicada na revista Auto Mundo, ficou célebre.
“GORDO APERTA; eis um tipo de indicação de boxes que muitas equipas de F1 gostaria de ter, em vez de todos aqueles números e nomes complicados.”
Foto por si gentilmente cedida.
Os acontecimentos segundo Luís Manuel Alves “Ainda me lembro da box ter colocado o placard com o ( aperta gordo). “Bem verdade, o vidro aperta. Sendo eu um regressado de Angola, sempre tive o desejo de fazer esse circuito, pois ainda não havia televisão em Angola, e as revistas automóveis só falavam em Vila Real. Os “slikes” com que corri foram emprestados pelo grande amigo Artur Ribeiro (Auto Panoias) que nunca mais vi. Desci Mateus prego a fundo, porque ele antes da corrida me disse: - Não tires o pé do acelerador. Eu, a custo assim fiz, e conclui que tinha razão.”
21º Circuito de Vila Real - Agrupamento B - grupos 2,3,4 e 5
Entrada para as verificaçoes técnicas do Datsun 120 Y de Miguel Barata
Início da prova do Agrupamento B - grupos 2,3,4 e 5
Na primeira volta... Bacelar de Moura abandona.
Eduardo Rebelo no Mini 1275 GT é seguido de Tino Pereira no De Tomaso Pantera e Oscar Verdasca no Mini.
Fernando Carneiro a caminho do 3º lugar no Datsun 240Z
Robert Giannone no Porsche Carrera RSR é seguido de Bacelar de Moura no Alfa Romeo GTA Junior
António Barros dominou a prova mas uma ida box impediu-o de manter o lugar e teve de se contentar com o segundo posto.
Foto:
Revista Automundo
21º Circuito de Vila Real 1979
Agrupamento B, Grupos 2,3,4,e 5.
Fernando Carneiro
Datsun 240 Z
“ (…) Na época de 79 Carneiro estava portanto “apeado” mas para a corrida na sua terra natal, Vila Real, surgiu uma surpresa. Recorde-se que as corridas voltavam nesse ano a Trás-os-Montes, depois de 5 anos de interregno.
“O Artur Ribeiro tinha comprado o Datsun 240Z do Hélder Valente para fazer os Iniciados e disse-me – ó Carneiro, inscrevi-te em Vila Real com o 240 Z – Eu fiquei confuso, mas lá fui. A primeira vez que guiei o carro foi nos treinos. Era uma “bomba” impressionante. Na descida da Timpeira dava 200 e muitos e nem sei como é que conseguia dar a curva lá ao fundo! Mas fiquei muito contente por ter ido ao pódio numa corrida na minha terra”
De facto Carneiro foi um brilhante terceiro classificado atrás dos Porsche de Robert Giannone e António Barros, mas esta experiência com o 240 Z não se iria repetir e Carneiro pensava já numa nova “montada” para 1980(…).
(…) Manuel Fernando Alves Carneiro nasceu em Vila Real e desde muito cedo começou a trabalhar como mecânico numa oficina local. Em 1963 embarcou para S. Tomé e Príncipe para cumprir o serviço Militar e por isso é sem surpresa que logo a seguir vai também trabalhar para uma empresa auto.
Em 1965 foi para Angola, onde já tinha um irmão, integrando desde logo os quadros da Socoína a importadora local de veículos de fabrico italiano como os Alfa Romeo. É aí que começam os seus primeiros contactos com o desporto automóvel (…).
Extracto da entrevista de José Mota Freitas a Fernando Carneiro em 2005, para a revista Topos & Clássicos e publicada nas revistas de Janeiro (nº 57) e Fevereiro (nº 58) de 20012 e um agradecimento muito especial ao seu autor.
http://teammini.blogspot.com
21 Circuito Internacional Vila Real 79
V Circuito de Motos Internacional de Vila Real
14 e 15 de Julho
XXI Circuito Automóvel
28 e 29 de Julho
LÁ VÊM ELES ……….
Amigo Car-moto
Conforme o combinado, no ano passado, venho convidar-te para assistires aos circuitos de Motos e Automóveis. Graças ao querer, brio e pundonor de uma plêidade de jovens, aí temos novamente o nosso circuito a ser percorrido por máquinas poderosas, tripuladas por homens destemidos apostados em desafiados apostados em desafiar as leis da gravidade, fazendo-nos vibrar de emoção e entusiasmo e gritar «Lá vêm eles…», ao mesmo tempo que no nosso íntimo, agradecemos à Providência ter-nos dado uma pista que não tem rival no nosso país e no estrangeiro. Sim o tal grupo de rapazes conseguiu que o piso fosse totalmente reparado e aplicar benefícios de molde a dar-lhe a segurança que lhe estava a faltar contribuindo, dessa maneira, para que o nome de «Capital do desporto» seja uma efectiva realidade. Contudo é de esperar, e não lhes falta coragem e tenacidade, que concretizem o que antes fora elaborado, mas nunca realizado: completar e arranjar a estrada envolvente do circuito, alargar a passagem de nível da estação dos caminhos-de-ferro ou construção da variante que seguindo da Araucária terminaria no Colégio da Boavista, colocação de auto-saaf em toda a pista, etc.
Sei bem qual é a tua opinião, o teu amor pelo Nosso Circuito, pois vens até nós, também, pelas suas belezas paisagísticas e da nossa terra, não esquecendo o saboroso farnel a que fazes honra, acompanhado do nosso famosíssimo vinho regional.
Restam-me aguardar com serenidade os dias das provas o que quer dizer, a tua vinda desejada e te poder abraçar recordando contigo os nomes famosos dos volantes que por aqui passaram. V.O.
In: Livro das corridas 1979
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