Na Topos & Clássicos de Novembro
Em destaque ...
1970-80 FORMULA FORD EM Portugal (2º PARTE)
onde encontramos a continuação da passagem dos Fórmula Ford por Vila Real
“(…) Em Julho , em Vila Real anunciava-se nova luta Nené –Wunderink. No entanto, o Português (que chegou mesmo a ter o carro na grelha de partida), recusava-se a correr se não lhe pagassem o premio de alinhar dado aos estrangeiros, em muitos casos pilotos de fraca valia(...)".
por
Lotus 69 F - Fórmula Ford - Ernesto Neves 1971
O Lotus 69 de Ernesto Neves e como qual venceu a prova de Vila Real, está de volta com as cores da Lotus depois de ter sido restaurado na American Dream por Tiago Silva
In:
Prova de Fórmula Ford e V
António Barros momentos antes de iniciar a prova em conversa com o filho, futuro Campeão Nacional de Velocidade.
Na curva da Salsicharia o acidente que envolveu António Barros- Santos Mendonça e Roelof Wunderink
Merlyn Mk20A de António Santos Mendonça.
Merlin Mk 20 A, automóvel histórico nacional, em actividade e na família,mostra ultimamente as qualidades, para que foi construído.
Uma foto publicada na página pessoal da “Newbright Carwash “ https://www.facebook.com/NewbrightCarwash?ref=stream
do Merlin Mk20A, no Autódromo do Estoril pilotado pelo seu filho, relembrou-me a passagem de António Manuel Santos Mendonça piloto de Fórmula V e Ford, pela pista vila-realense.
Depois de ter sido 6º na prova de Fórmula V em 1969 com um palma, voltou a Vila Real em 1970, onde António Santos Mendonça, com um Merlin MK 17 de Formula Ford foi 2º, enquanto na corrida de Fórmula V, abandonou.
Em 1971 abandonou na 6º volta com o merlin MK17
1972
Um desentendimento à 6ª volta na saída da curva da salsicharia, um acidente, ditou o abandono de António Santos Mendonça , Merlin Mk20A, António Barros e Roelof Wunderink
Importador da Merlyn e dinamizador da Formula Ford, foi 2º no Campeonato Nacional atrás de Ernesto Neves em Lotus.
Aguardemos por ele em Vila Real e pilotado pelo seu filho...
Saber mais:
Merlin formula Ford (1970-2011)
http://teammini.blogspot.pt/2012/01/merlyn-formula-ford-1970-2011-texto-de.html
Recordando o Circuito Internacional de Vila Real em 1972, em dia de chuva.
Provas inesquecíveis, essas realizadas em 1972 e ainda muitos se lembram dos abrigos improvisados, das constipações e do Cegripe então usado.
Assim na sesta feira, os treinos grupo 1 foram disputados com o habitual tempo seco e que proporcionou a sete pilotos baterem o recorde da pista. No dia da prova um terrível temporal “chuva constante e fortes rajadas de vento, inundaram e sujaram a pista ” e quase impediram que as provas se realizassem.
Antes realizaram-se os treinos da Formula Ford e V, mas com um tempo muito quente e nuvens já muito ameaçadoras.
Enquanto não era dada a partida, os mecânicos procuravam equipar os automóveis com os pneus mais adequados ao estado da pista.
À ultima hora o carro Nº. 27 de Araújo Cabral, foi para Christian Melville, este com o 3º melhor tempo, estava impedido de alinhar, devido ao espectacular acidente junto das bombas da gasolina que ficaram a ser conhecidas pelo seu apelido. Teve de ocupar o último lugar da grelha de partida, mas no final chegou em 3º.
Nos grupos 3,4 e 5 os treinos de sexta permitiram a muitos pilotos não efectuar os treinos de Sábado, pois o estado do tempo e a pista a isso o aconselhava, o que não aconteceu aos pilotos da Ecurie Bonnier, Elford, Swietlick, Bragation e M A. Cabral, encontraram os seus carros fechados e indisponíveis, devido à ausência em parte incerta dos mecânicos.
A chuva e os atrasos continuavam, mas ainda faltava iniciar a última prova. Marcada para as 19h15m, somente ás 20h30m, passam os primeiros classificados pela linha de partida.
1º Mesia 2º Cabral 3º Sá Nogueira
2º volta
1º Cabral 2º Mesia 3º Sá Nogueira
Na 3ª volta, o carro bastante atrasado já falhava muito e Nicha é obrigado a desistir.
Os mecânicos não contavam com a chuva e da consequente necessidade de ter os limpa pára-brisas a funcionar e de uma bateria de maior capacidade instalada.
E nós assistimos a um empolgante final nocturno entre Mesia e Gonçalves “Capri RS e 1275GT” de faróis acesos, eram já perto da 10 horas da noite.
No dia seguinte voltamos ao Verão e a ver uma grelha de partida muito invulgar. Era o resultado dos dois dias de treinos. A pole obtida na Sexta, vai para Carlos Gaspar, enquanto a de a de Nicha obtida nos treinos aquáticos de Sábado, somente lhe dará direito a um lugar na 8º linha de partida, mas mesmo assim termina no 4 lugar, atrás de Gaspar ambos em Lola perante um vencedor que não sabia que tinha ganho, Swietlick.
Fotos revista Autódromo (Ricardo Duarte Kadypress)
XIX Circuito Internacional de Vila Real 1972
“FLACHES” …SEM LEGENDA
BOLIDS DIABOLICOS…
QUE PASSAM JNTO ÀS BOXES…
COM DESEJO DE PARAR…
Na grelha de partida A. Santos Mendonça aguarda o início da prova em 1971.
Mais uma corrida que ira ser disputada em simultâneo pelos automóveis de corrida da fórmula Ford e da fórmula V devido ao baixo número de inscritos em ambas as categorias.
“(…)D)TAÇA AURELIANO BARRIGAS
Para automóveis da Fórmula V e Formula Ford
Para automóveis de Formulas V e Ford, a que se reporta a alínea D), são os definidos no Regulamento Nacional de Fórmula V e no Regulamento Nacional de Fórmula Ford.(…)”
XIX Circuito Internacional de Vila Real 1972
OS CAROLAS DAS CORRIDAS
Aqueles que nos dias das CORRIDAS, procuram para as ver (ou não ver) o lugar que mais lhe agrada, quer nas bancadas da META, quer em qualquer das sombras, ou lugar ao sol, nas margens do percurso, associando à ideia do espectáculo, à ideia de uma boa MERENDA; aqueles que vêem as corridas mais como um acontecimento mundano banal, não dando conta do espirito competitivo que as caracteriza; e ainda aqueles que as encaram como uma espécie de Carnaval, classificativo que ouvimos a alguém que declarou interessar-lhe secundariamente a feição desportiva da luta travada; aqueles a quem interessa principalmente e quase exclusivamente a paisagem humana rica de cor e movimento que então se disfruta – a todas estas pessoas perguntamos se têm um só pensamento, perdem algum tempo, mínimo que seja, a avaliar o esforço que os seus organizadores são obrigados a disperder; os riscos que correm, os problemas que se lhes levantam e as preocupações que cercam o seu trabalho, cujo êxito começa por depender, em primeiro lugar, das condições atmosféricas?
Serão muitas as pessoas que pensam nisso e se solidarizam e apoiam, ao menos moralmente, o reduzido número de CAROLAS que chamaram a si a pesada tarefa de organizar e promovera realização de tão belo como arriscado espectáculo?
Responda quem tiver coragem para o fazer.
É um espectáculo que todos querem gozar sem a mínima preocupação, inclusive a de dar o seu pequeno contributo financeiro, esquecendo-se dos sérios compromissos que é preciso assumir e os pesados encargos que é forçoso satisfazer – posição que só a carolice de alguns aceita tão audaciosamente.
Quando pensamos no estado de espirito que as perspectivas das mas condições meteorológicas criam ou podem criar nos responsáveis pelo acontecimento, responsabilidade que voluntariamente assumiram sem outra compensação que não seja a alegria de engrandecer Vila Real, chamando para a risonha Princesa do Corgo as ostenções do mundo desportivo, gastando para tanto o seu tempo, as suas energias e quantas vezes o seu dinheiro – quando isto acontece, aumenta em nós a admiração que nutrimos por estes CAROLAS sem a dedicação dos quais não era possível a concretização de tão espectacular acontecimento.
Quis a natureza dar a esta terra esta bela pista que FAZ FERRO aos que querem deslocar para o Sul, para si, o centro natural de tais actividades, procurando escabichar deficiências e descobrir insuficiências que minimizem as suas excepcionais características para prélios internacionais justificando assim a deslocação da MECA do desporto Automobilístico…
Defendemo-nos de manobras RAPACES e criticas injustas por nem sempre bem intencionadas, é obrigação de todos nós, como ? apoiando os que se batem denodadamente por sua DAMA – OS CAROLAS DAS CORRIDAS, todos nós os que bebemos este Sol e respiramos este ar fresco da Serra que nos enrijece a têmpera e nos manda lutar obedecendo ao principio de que MAIS VALE MORRER COM HONRA, DO QUE VIVER SEM ELA, desportivamente falando…
Neste momento, lembramo-nos da resposta que o INTERPRETE deu ao Maniputo, juiz dos pequenos delitos, quando estava a julgar o indígena delinquente - ATÉ AGORA NÃO DISSE NADA… SÓ FALOU…
E a fechar parafraseando a histórica expressão: CAROLAS DAS CORRIDAS! Vila Real Honrai… que Vila Real vos comtempla…
A. Ferreira Setas
In Programa das corridas de Vila Real 1972
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