O Pai Natal já passou…
Este ano o Pai Natal deixo-me estas ricas prendinhas junto do Presépio
O livro “Alfa Romeo 8C2300 em Portugal”
Henrique Lehrfeld e o Bugatti 35 B por José Barros Rodrigues
Uma viagem pelos anos trinta em dois automóveis de excepção, que tão bem dignificaram o Circuito Vila-realense.
Classic Cars a história do automóvel em publicidade.
A tradição mantem-se.
Agora o número mítico de Vasco Sameiro - 18
1933 Alfa Romeo 8C 2300 Monza
In:
http://www.conceptcarz.com/vehicle/z8749/Alfa-Romeo-8C-2300-Monza.aspx
Alfa Romeo 6C Pescara Monza com a configuração de Vasco Sameiro, em 1938, no Circuito de Vila Real .
Built: 1934
Color: Alfa Rosso
Particulars:
Very unique Alfa Romeo Monza, fine recreation of the famous 8C, professionally built in the UK.
http://www.bloemendaalcs.nl/en/autos/alfa-romeo-6c-monza-pescara/
Com uma matrícula semelhante á portuguesa a fazer lembrar o famoso Alfa Romeo de Vasco Sameiro no Circuito de Vila Real nos longínquos anos trinta e numa configuração a lembrar o ano de 1938.
Bugatti T 51 Chassis 51158 Francisco Ribeiro Ferreira S 33740 /Casimiro de Oliveira AD-37-40
Pesquisando um pouco sobre o Bugatti T 51 adquirido por Francisco Ribeiro Ferreira e posteriormente por Casimiro de Oliveira e com o qual correram no Circuito de Vila Real nos anos trinta.
1936 Ribeiro Ferreira
2º na categoria Corrida
1937 despiste
1938 Casimiro de Oliveira
Abandonou na categoria Sport
O que teria acontecido?
Este modelo, o mais avançado da linha, já dispunha de dupla árvore de cames e quando chegou á idade da reforma, foi enviada para uma sucata no Porto, conforme comprova o requerimento datado de 6 de Janeiro de 1943.
Ora como este automóvel foi desmantelado, o que teria acontecido, será que o foi realmente.
Qual será o verdadeiro?
A história por vezes é bem curiosa, senão vejamos:
Bugatti T 51 Chassis 51158 versão Sport
Photo No: 178A
Negative No: D1273_33
Type: 51
Chassis No: 51158
Location: Pau
Date: 1958
Album: 15
In
http://www.bugatti-trust.co.uk/photographs/v/album-15-type-51/178A+D1273_33.jpg.html
e Bugatti T 51 Chassis 51158-2 versão Corrida
International Bugatti Meeting Spain 2011
E no artigo de:
e na Motor Classico Nº 93 de 11/2014
A História do Bugatti T51 português
Edfor de Manoel de Oliveira
Palmarés Vila Real
1937 4º classificado na categoria corrida
1938 abandonou
A descoberta feita em 1970 por um entusiasta alemão por terras portuguesas em 1979 de um modelo desportivo desconhecido num museu privado na Chamusca (Ribatejo) revelou-se um achado fantástico. Após várias e morosas diligências, os novos proprietários entusiasticamente procederam na Alemanha á sua restauração.
Saber mais:
Die Geschichte des Rennwagens von Manoel de Oliveira
http://www.phg-hh.de/PP_PDF/Portugal_Post/PP32/s_pp32_oliveiraD.html
Bugatti Type 51 - Jay Leno's Garage
Imaginar como se comportava a Bugatti 51, azul, de Francisco Ribeiro Ferreira em 1936 e 1937 e a de Casimiro de Oliveira em 1938, agora em vermelho e branco, as cores portugueses de competição.
1932 Alfa Romeo Monza Replica - Jay Leno's Garage
O que os nossos pais e avós viram e nós a tentar estar como Jay Leno..
Uma pálida imagem do que seria então a Alfa Romeo 8 C Monza de Vasco Sameiro, durante a década de 30 quando dominou o automobilismo português e foi a rainha em Vila Real
E com faróis como em 1938 e a cor de preferência de Vasco Sameiro, uma vez que só em 1933, utilizou a cor amarela.
A Alfa Romeo de Vasco Sameiro
1º em 1933
1º em 1936
1º em 1937
1º em 1938
ou se preferirem a Alfa Romeo de Soares Mendes no ano de 1936, Benedicto Lopes em1937 ou Anthony Powys-Lippe, no mesmo ano.
Pur Sang Argentina
1932 ALFA ROMERO MONZA PUR SANG
Ciclo de conferências Grémio Literário Vila-realense Encontro de Vila Real com a História
Riley Sprite de 1937 António Camilo Fernandes
O mítico automóvel Vila-realense voltou ao primitivo paddock da pista de Vila Real, tal qual entrou em 1949.
Nos anos 30, o Bugatti de Elísio de Melo e outros desportivos estiveram no Jardim da Carreira, mas, o primeiro automóvel de corrida de um piloto Vila-realense a correr no Circuito de Vila Real foi este belo automóvel que ainda se encontra na posse da família, voltou novamente ao Jardim da Carreira naquela manhã de 14 de Julho, integrado no Ciclo de conferências organizadas pelo Grémio Literário Vila-realense e subordinado ao tema Encontro de Vila Real com a História.
Às 10h 30m, ao lado do Riley, com a presença da Vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Real e após uma breve introdução de Elísio Amaral Neves, iniciou-se o programa com a palestra de José Barros Rodrigues, subordinada ao tema “Aureliano Barrigas, inventor”.
O Chefe Artur a registar o momento.
Entre os presentes, encontravam-se Costa Paulo e o Campeão Nacional de Velocidade, António Taveira.
Em 1937 Manuel Soares Mendes pilotou um Riley na categoria sport e abandonou mas em 1938 foi 7º classificado.
António Camilo Fernandes abandonou em 1949 e em 1950, não alinhou, por motivo de doença.
Neto e bisneto seguiram o mesmo caminho realizado outrora por seu avô e posteriormente por Carlos Fernandes em várias ocasiões, a última vez em 2007 durante o 40º Circuito Automóvel, durante o desfile de automóveis antigos.
O programa continuou e no dia seguinte encerramos no Museu de Arqueologia e Numismática com este simbólico momento.
7º Circuito de Vila Real 1938
“O VII Circuito de Vila Real realiza-se no próximo dia 24 com a participação de alguns corredores estrangeiros.
É já no próximo domingo dia 24, que se realiza o VII Circuito de Vila Real, sem duvida uma das mais importantes provas de automóveis, do nosso país. Inscrita como se sabe, no calendário internacional, é , este ano, reservada apenas a carros de sport(…).
(…) Como será disputada a corrida
O VII Circuito de Vila Real é disputado no mesmo trajecto dos anos anteriores, agora consideravelmente melhorado, em 30 voltas. Como cada volta mede 7200 metros, o percurso total a fazer será de 216 Km.
Pelo regulamento são admitidos na prova carros de sport de 750 c.c. até 8000 c.c. divididos em cinco grupos, a saber:
I)até 1100c.c. ,
II) de 1001 a 1500c.c.;
III) de 1501 a 2000c.c.;
IV) de 2001 a 3000c.c.;
V) além de 3000 c.c..(…)”
“A propósito dos circuitos de vila Real e do Estoril
carros de SPORT e carros de CORRIDA
A-PESAR-DE tudo quantos nestes últimos anos, se tem feito para desenvolver o automobilismo desportivo entre nós, não há duvida que o nosso meio continua a ser muito pequeno para aquele atingir a importância que tem lá fora.
Não somos um país construtor; não existem corredores profissionais nem sequer amadores a quem as fábricas subvencionem ou simplesmente auxiliem; não se fazem nem se podem fazer corridas com prémios compensadores. O automobilismo desportivo faz-se entre nós por puro amadorismo, por sincera devoção desportiva, vivendo apenas do entusiasmo de umas dezenas de pessoas a quem a pratica desse desporto sugestiona.
Resulta deste facto não haver qualquer estímulo para os nossos automobilistas adquirirem carros especiais para participar em provas. Há alguns que o têm feito, mas são bem poucos. Mas não havendo entre nós grande número de corridas de velocidade, esses mesmo, como esta agora acontecendo, acabam transformar esses carros especiais em carros de sport.
Basta para isso pôrem-lhe os guarda-lamas e os faróis…
Bem sabemos que isso lhes é permitido pelos regulamentos internacionais. Porem a verdade é que esses regulamentos fizeram-se para países onde as corridas têm outra importância, onde as possibilidades dos carros e dos corredores são outras-e não para um meio como o nosso, onde as provas de velocidade são poucas e os carros que entram nelas são geralmente carros vulgares de catálogo.
Então o que havia a fazer?
Em nossa opinião, adaptar esses regulamentos tanto quanto possível ao nosso meio e ás nossas possibilidades, estabelecendo, nas futuras provas de velocidade, duas categorias de carros: uma para carros de corrida transformados em sport e outra para carros de sport de catálogo propriamente ditos. Os recursos dos concorrentes ficariam assim mais equilibrados e os resultados que se obtivessem traduziriam melhor o valor real de cada um deles.
Assim como está é que não.
A vantagem dos carros de corrida transformados em sport é sempre grande e por muito espírito desportivo que se tenha, é difícil haver quem queira competir com eles num carro de sport de catálogo, sabendo de antemão que os recursos deste ultimo não permitem oferecer àqueles uma luta que só resultaria interessante e desportiva se fosse travada em igualdade de circunstâncias e de possibilidades.
Desta forma, as nossas competições hão-de acabar por não ter concorrentes – e assim se acabará por dar um golpe de misericórdia nas corridas de velocidade em Portugal.
Agora, em Vila Real, por exemplo, vão correr carros de corrida, embora transformados em sport, que em relação aos carros de sport autênticos, tem 80% de possibilidades de vencer. Qual de entre estes, pode ter a pretensão de normalmente competir com aqueles? Nenhum, se há quem lá vá, é apenas por louvável desportivismo. – e honra lhe seja prestada, Mas isso representa um inconveniente que urge remediar,- e que de facto desejamos ver remediado no próximo circuito do Estoril, onde seria interessante ver estes carros divididos em duas categorias. Com isto só teria a lucrar o desporto automobilista do nosso país.”
In O volante de Junho de 1938
Cristea with BMW 328 at Villa Real Race, Portugal, 1938
Vll Circuito Internacional de Vila Real realizado a 24 de Julho de 1938
Partida para a prova da categoria Sport, a única que foi realizada nesse ano.
Nº 6 - Abandonou Casimiro de Oliveira Bugatti 51 Nº 3 - 1º Vasco Sameiro Alfa Romeo 8 C 2300 Monza nº 9 - 2º Peter Cristea BMW 328
Alguns momentos depois por vistos por Domingos Campos
Tribuna de honra, na Avenida Almeida Lucena.
Fotógrafo: Domingos Campos (1902-1974).
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