Sempre belo
Parece que foi ontem que o Bugatti 35B do Museu do Caramulo veio a Vila Real numa romagem de saudade para o Vila Real Revival
Em 1934 António Guedes de Herédia foi o primeiro a passar a meta ao seu volante ao fim de 2:05:43,00 á media de 85,740 e de ter efectuado a volta mais rápida em 4;40,40 á media de 90,962Km/h .
Todos os anos faço os possíveis para o ver no seu local de repouso durante a Rampa do Caramulo mas, como este ano não foi possível, encontrei-o nestas belas imagens…
Como nos diz
O Bugatti Type 35B Grand Prix (1930) do Museu do Caramulo a apanhar sol no Cabeço-da-neve.
Foto: Stéphane Abrantes
Bugatti
Como teriam sido as passagens de António Guedes Herédia antes da vitória em 1934 ou Leopoldo Roque da Fonseca …
Edward K Raison e Jorge de Monte Real 1936…
novamente Jorge Monte Real 1937 ou Henrique Lehrfeld
1927 Bugatti Type 35 Pur Sang Replica - Jay Leno's Garage
E como não há uma sem duas, vão mais situações que os nossos pais e avós viram e nós a tentar estar como Jay Leno e regressar aos anos 30
Alfredo Marinho Júnior Bugatti 35 C - 1932 e 1933
Leopoldo Roque da Fonseca Bugatti 37 1934
Edward K. Rayson Bugatti 35 C 1936
Jorge Monte Real Bugatti 35 C 1936 e 1937
Henrique Lehrfield Bugatti 35 B 1937
Jorge Monte Real Bugatti 35 C 1937
1932 Alfa Romeo Monza Replica - Jay Leno's Garage
O que os nossos pais e avós viram e nós a tentar estar como Jay Leno..
Uma pálida imagem do que seria então a Alfa Romeo 8 C Monza de Vasco Sameiro, durante a década de 30 quando dominou o automobilismo português e foi a rainha em Vila Real
E com faróis como em 1938 e a cor de preferência de Vasco Sameiro, uma vez que só em 1933, utilizou a cor amarela.
A Alfa Romeo de Vasco Sameiro
1º em 1933
1º em 1936
1º em 1937
1º em 1938
ou se preferirem a Alfa Romeo de Soares Mendes no ano de 1936, Benedicto Lopes em1937 ou Anthony Powys-Lippe, no mesmo ano.
Pur Sang Argentina
1932 ALFA ROMERO MONZA PUR SANG
Vencedor do Circuito de Vila Real, mora no Museu do Caramulo
Em qualquer altura do ano poderá visitar ou conhecer o Bugatti T 35 B de 1930, que venceu o circuito de Vila Real em 1934, pilotado por António Herédia.
Era o modelo mais potente da Bugatti e que mais vitórias conquistou nos grandes prémios nos finais dos anos 20, tendo sido fabricadas apenas 40 unidades, até ao final de 1931, foram registados 31 Bugatti em Portugal
Adquirido por Henrique Lehrfeld em Paris em 1930, fez a estreia do seu novo Bugatti a 4 de Agosto de 1930, no "Quilómetro de Arranque de Setúbal" com uma vitória a 118 km/h.
Participou em inúmeras provas, conseguiu o recorde nacional do "Quilómetro Lançado" alcançado no Mindelo, a 9 de Novembro de 1930, à média de 194,122 km/h,
De destacar
3.º lugar na "Rampa da Rabassada" (Barcelona),
5.º lugar no "G.P. de la Baule" (França)
o 2º lugar da geral na "Gávea" (Rio de Janeiro) em 1935.
Em 1934 obteve a vitória mais importante no Circuito de Vila Real, desta vez conduzido por António Guedes Herédia,
Voltou ao circuito de Vila Real em 1937, e com o seu proprietário, Henrique Lehrfeld, foi 6º classificado Categoria Corrida,
Um destes cartazes recorda-me a primeira visita que efectuei com os meus pais ao Museu, depois de muito insistir, mais uma promessa cumprida, após as férias na praia de Vieira de Leiria. Foi certamente o meu primeiro contacto com tão fantástico bólide.
A 15/01/1987 na revista Auto Mundo, vejo a primeira foto do Bugatt em prova, a ilustrar a entrevista realizada por Luís Pinto de Freitas, sob o título “D. António Herédia o que é feito de si?” aparece uma foto do Bugatti, que o entrevistado utilizara na prova vila-realense.
A dada altura, pode ler-se na entrevista : “Fui várias vezes a Vila Real, a primeira vez num MG, em que tive o azar de me cair o carburador, e acabei em 5º. No ano seguinte fui na “Bugatti” do Lehrfield que é hoje do DR. João Lacerda”.
Um dos postais editado pelo Museu do Caramulo, no qual fiquei a conhecer a cor do bólide.
Uns anos mais tarde, no Nº 1 da revista Auto Clássico, de Janeiro de 1992, o Bugatti é capa de revista e é lá que fico a conhecer algumas das suas características:
8 cilindros com compressor
2261 c.c.
140 HP
209km/h
E onde se destaca uma importante participação “nomeadamente em 1969 no desfile histórico antes das 24 horas de Le Mans , dando 7 voltas ao circuito,”
A revista Automotor, em 1993 sob o tema: " Frente a frente-Compressor e turbo-Gerações Bugatti em confronto o passado e o presente das tecnicas de sobrealimentação utilizadas pela mitica Bugatti " o confronto entre o Bugatti EB 110 e o T 35B da autoria de Tiago Farias e fotos Bugatti e Kevin KniGHT.
No 1º número do Jornal dos Clássicos, encontro um artigo de João Lacerda, publicado em Março de 1996 e sob o tema “A Bugatti é a minha paixão” refere os Bugatti que correram em Portugal, constata uma realidade, ” Confirmadamente , hoje é sabido que os modelos iguais ao meu 35B saíram de fabrica em numero de 40, entre 1927 e 1930, numerados como Bugatti verdadeiros . Nem mais um. Sabemos hoje, comprovadamente que existem 48! O que só pode garantir que 8 terão sido “inventados” e que , dos originais 40 decerto que volvidos estes anos todos alguns desapareceram. Portanto em que ficamos?”
Numa das minhas visitas ao
Museu do Caramulo, no século passado, quando ainda estava muito bem acompanhada
Matricula: AA-02-52
Type 35 B 1930
Henrique Leherfel
João Lacerda
e
Matricula: S-1523 ,AB-15-23
Type 35 A 1926
Abílio Nunes dos Santos
Jacques Touzet
FICHA TÉCNICA
Ano 1930
País França
Potência 135 CV
Nº. de Cilindros 8
Cilindrada 2.262 c.c.
Velocidades 4
Peso 750 Kg
Velocidade máxima 208 Km/h
Nº. de Chassis 4952
Nº. de Motor 209 TC
Em Junho de 2001, no Jornal dos Clássicos enontramos novamente o mitico automóvel, num texto de Adelino Dinis e fotos de Fábio Praça
Bugatti 35 B Puro sangue de corrida
A Esfinge Azul
“O Bugatti 35 B a ultima evolução do mítico Type 35 o modelo mais importante da historia da marca. O exemplar que se encontra no museu do caramulo é um dos mais originais do mundo e é um dos automóveis mais importantes da historia do nosso automobilismo”,
Voltou novamente a Vila Real em 2004, aquando do Vila Real Revival como nos mostra e ou relembra a foto gentilmente cedida por Rui Queiroz.
http://manueldinis.blogs.sapo.pt/155911.html
Em 2012 durante a visita ao museu, integrada no Passeio de Clássicos Lamego Caramulo.
Auto Vintage nº 25 Setembro 2012
Bugatti e Caramulo um casamento perfeito
Bugatti T 35 B a fundo com texto de Pedro Diogo e fotos de Rui Correia.
“ Poder conduzir um carro de “Grand Prix” e ainda por cima dos tempos em que os pneus eram estreitos e os pilotos é que eram largos é, acredite-se, uma das sensações mais incríveis que alguém pode experimentar) … (Enquanto é preparado para o pequeno teste – é preciso fazer mesmo muita coisa - não me canso de olhar para um dos automoveis em que não bastou ser superior aos riveis da época de forma esmagadora, tambem foi /´um dos mais bonitos de sempre !)…( primeiro ao lado de Tiago Patrício Gouveia, que, como sempre, irá pacientemente explicar-me como é que se anda naquilo)…”.
Agora é possível admirá-lo no Museu do Caramulo ou anualmente durante o seu Motorfestival no início de Setembro.
Cartaz do IV Circuito de Vila Real 1934 automoveis
In. Ordem Nova
17 de Junho corridas de automóveis
Selo alusivo ao acontecimento
Novamente recorro a O Volante para antecipar um pouco da prova;
“ Provas nacionais
No primeiro dia terá lugar uma grande corrida de motocicletas e no segundo uma importante prova de automóveis compreendendo as categorias «corrida», «sport», e «turismo», em que serão disputados prémios no valor total de 23 contos.
Dois dos mais valiosos números do programa das festas da cidade de Vila Real, que se efectuam de 12 a 18 do corrente mês, são sem dúvida as importantes corridas de motocicletas e automóveis, que se realizam respectivamente nos dias 16 e 17, sábado e domingo portanto.
Ao referimo-nos a estas duas prova, e muito especialmente à de automóveis, não o fazemos pelo simples dever que incumbe a uma revista de automobilismo, de noticiar as manifestações dessa modalidade desportiva que constituem o calendário nacional, mas sim porque o Circuito de Vila Real, que este ano se disputa pela 4ª vez, merece, de facto, uma referencia muito especial por qualquer dos aspectos que seja encarado.
Há uns anos passados, quando o automobilismo começou a ter um maior desenvolvimento entre nós, em várias terras se realizaram interessantes provas de circuito, as quais, porem, não tiveram continuação nos anos seguintes.
Ora com o circuito de vila Real não sucedeu o mesmo. Essa corrida, que se tornou uma das provas certas do programa nacional, já se realizou em três anos e volta agora a disputar-se. E, o que a torna mais valiosa e granjeia aos seus organizadores os mais merecidos elogios, e que de ano para ano, essa prova tem tido uma organização mais perfeita, o seu percurso, sempre o mesmo, tem sido consideravelmente melhorado, e os prémios consideravelmente melhorados, etc..
E, contudo, triste é constatá-lo, os nossos automobilistas não têm querido ou sabido corresponder ao esforço, à boa vontade e ao trabalho desinteressado dos seus organizadores, porque as inscrições nunca afluíram em número compensador, em número relativo ao valor da prova.
Pois, em nosso entender. o circuito de vila Real é, incontestavelmente, uma das mais interessantes corridas portuguesas e bem merece que o Automóvel Club a olhe e encare como tal, dada a regularidade anual da sua realização, o percurso que de época para época vem sendo melhorado, o valor dos prémios, que constitue uma dotação importante.
No percurso do circuito, tal como já hoje se encontra, não seria desairoso organizar uma grande corrida internacional, pois em algumas importantes provas estrangeiras o percurso não é tecnicamente mais favorável.
O Automóvel Club de Portugal, que vem pensando e já tem anunciado a realização do seu Grande Prémio, tem encontrado sempre a dificuldade dum circuito adequado.
Ora o que se não pode negar é que o Circuito de Vila Real seria, dentro de todos os que já tem sido experimentados, o mais apropriado, tecnicamente, para uma competição de grande vulto, com a participação de corredores estrangeiros, como deve ser o Grande Prémio do nosso Automóvel Club.
Uma vez que não possa ser este ano, como é natural, que tenhamos já em 1935, o nosso Grande Prémio, são os votos sinceros de O Volante.”
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