Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC) - adaptação á pista
A prova principal da etapa de Vila Real do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC) iniciava agora a adaptação ao Circuito Transmontano.
E assim foi
"e assim foi...um motor fechado e montado 2 dias antes do circuito de Vila Real...infelizmente para mim não correu muito bem...visto que não consegui tirar o maior partido do novo e potente motor na corrida de Sábado...apenas com 3 voltas limpas, vi e senti que agora sim o berdinho tem alma.
Mais sorte teve o Toni Botelho visto que conseguiu aproveitar e desfrutar quase toda a corrida de Domingo, apesar de ter sido a sua estreia e a sua adaptação ao berdinho e ás corridas, até se portou muito bem.
Agradeço a todos os meus patrocinadores por todo o seu apoio e confiança:
-BarraCinza;
-P1, (na pessoa de J.José Silva)
-Zenbio;
-Tralha;
-Casa do Eirô - lagar de azeite;
-Pneu BILA;
-Fundipor;
-TECARFIL;
-Auto Eléctrica Afonso;
-ALL4MINI
Ao Adriano Carneiro e ao Bruno Sousa pela afinação do motor do berdinho (GFC motor)
Ao Nuno Gouveia e ao Gouvinhas Júnior por todo o trabalho que tiveram. Tu e o teu miúdo são GRANDES!!!
Fotos de Paulo Braga"
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Circuito de Vila Real - Legends Classic Cup - treinos livres
Entrada na pista do Circuito Internacional de Vila Real para os treinos livres os automóveis da categoria Legends Classic Cup (LCC)
Campeonato Nacional de Velocidade TCR - treinos livres - Sexta -feira
A estreia dos novos bólides para o Campeonato Nacional de Velocidade onde os Protótipos deram lugar aos carros de Turismo, TCR Portugal, era aguardada com entusiasmo e todos esperavam um bom tempo do vencedor da prova do ano passado e recordista da pista Rafael Lobato.
A estreia do Opel Astra também era muito aguardada.
Os inscritos
24 Gustavo Moura/ JM Baptista Opel Astra
2 António Cabral/José Cabral Seat Leon Super Cup Racer
44 Rui Diniz Paulo Ribeiro Seat Leon Super Cup Racer
31 Tiago Ribeiro/ Luís Carneiro Volkswagen Golf GTI
16 Francisco Carvalho/ Nuno Batista Seat Leon Super Cup Racer
11 Francisco Abreu/Manuel Gião Volkswagen Golf GTI
26 Francisco Mora Seat Leon Super Cup Racer
25 Rafael Lobato/César Machado Seat Leon Super Cup Racer
Tiago Monteiro teve em Vila Real uma corrida que vai fazer História
A segunda corrida da etapa de Vila Real do campeonato do Mundo de Carros de Turismo terminou em Vila real com a vitória de Tiago Monteiro, apoiada por milhares de pessoas durante a prova e no final celebrada ao rubro pelo piloto e pela multidão que se juntou a esta histórica vitória que projetou Vila Real no Mundo.
Realmente, esta é a verdadeira Capital da Velocidade Nacional
"Como disse que o faria, aqui estou a dizer “o que me vai na alma” acerca do fim de semana em Vila Real, principalmente do desfecho da minha prova.
Convém recuar um pouco, tempos antes da corrida, para que todas as variáveis sejam conhecidas, e seja mais fácil percebermos como funcionam as corridas e o que se passa “fora da pista”, já que o comum dos mortais pensa que a corrida começa na partida e acaba na bandeira de xadrez.
A minha corrida começou há muitos meses, quando principiei a tentar angariar Patrocínios que me permitissem ter condições para discutir os lugares cimeiros da Categoria H71 do CNCC 1.300. Com a ajuda de família, amigos e conhecidos, consegui reunir um orçamento muito modesto que apenas me permitiria fazer (no máximo) duas provas. Como se não bastasse esta condicionante, mantinha-se o problema de não haver Pneus Dunlop, e teria que fazer a gestão dos pneus que tinha (muito usados e antigos) porque Vila Real é “a prova” e tinha que ter pneus para correr na Pista que mais gosto e com a qual mais me identifico. Abdiquei das duas primeiras Provas (Braga e Estoril) porque não queria gastar os pneus, e não havia novos. Vem Vila Real, e continua a não haver pneus, temos que ir com os mesmos da corrida de 2015, que já nessa altura foram aproveitamento dos melhores pneus usados meus, do Nuno Pimenta e do Rui Sanhudo.
Esta Prova, como referi, é a minha preferida. Em 2014 tive uma desistência e um segundo lugar, e em 2015 mais dois segundos lugares. Era legítimo aspirar a algo mais, com os melhoramentos ligeiros que o carro teve.
Inscrição feita, carro preparado, tudo alinhado para estar em Vila Real na 5ª feira, e fazer tudo com calma. A uma semana da corrida, o primeiro volte-face. Por motivos profissionais, não me iria ser possível participar nos treinos nem estar presente no Briefing de Pilotos. Após uma semana de ansiedade, já que a primeira informação foi “não pode correr”, na 5ª feira à noite recebo finalmente luz verde para participar na Prova, partindo obviamente de último lugar na corrida de sábado. Aqui foi fundamental a ajuda da ANPAC, da FPAK e da compreensão da Direcção de Prova.
Sexta-feira à noite lá vamos para Vila Real, e tudo a postos para a corrida de sábado.
Não sei se algum dos pilotos e ex-pilotos que me lê já partiu de último num circuito citadino numa corrida de 48 carros. Não é fácil, principalmente quando os carros que vão à nossa frente são tão lentos que perdem o contacto com os carros da frente na volta de formação, e ficamos logo a cerca de 30 segundos da frente da corrida quando arrancamos.
Partida efectuada, algumas posições ganhas e acidente… na segunda curva. Os carros têm que passar como podem, um de cada vez e bandeira vermelha, com Safety Car a velocidade muito lenta. O carro começa a acusar problemas de alimentação, que eu pensei ser velas encharcadas. Chegado ao meu lugar na grelha, com o carro a mais de 90º, percebi que estava com problemas para a segunda partida. Após a espera, mandam-nos colocar os motores em marcha e demoramos bastante tempo a arrancar para a volta de formação. Resultado, o carro atinge 100º, e os problemas agravam-se. Fico na subida de Abambres, e a pensar se irei ter carro para Domingo.
Após retirar o carro do parque fechado, começa a maratona para tentar descobrir e resolver o problema, para que o carro esteja pronto para Domingo. Abreviando, e após uma viagem a Paredes à uma da manhã para ir buscar uma tampa de distribuidor, saímos das boxes às 3h da manhã ainda sem a certeza de que o carro estaria em forma para a corrida.
No domingo, eram 8h e já o Sérgio Macedo e o Renato Costa trabalhavam no carro, para o deixar pronto para a corrida. Quando cheguei às 10:30h, as dúvidas eram algumas, o carro trabalhava bem, mas não estávamos certos de que o problema estaria resolvido, já que só se manifestava com o motor muito quente.
Vamos para a grelha e volto ao meu lugar para arrancar, novamente a última posição. A tensão era alguma, mais do que o normal. Volta de lançamento, aquecer os pneus velhos e preparar-me para arrancar. Ainda a descer para a rotunda da M. Coutinho já vejo o pelotão todo a passar na curva lá em cima. Faço a chicane, e a partir de agora é a fundo. E foi. Na primeira volta recuperei 10 posições, na segunda volta já tinha ganho 17 lugares. O carro estava bom, e eu estava motivado e a conduzir sem erros e de forma (julgo eu) exemplar. Quando finalmente começo a aproximar-me do grupo “que me interessa”, e de quem volta após volta estou mais perto, sou dobrado pelo Joaquim Jorge (normal) e dá-se o “murro no estômago”, entra o Safety Car e coloca-se na frente do líder da prova. O grupo que eu perseguia, e que estava ali a poucos segundos, desaparece e eu vejo todo o meu esforço cair por terra, e as minhas possibilidades de alcançar um bom resultado na categoria H71 acabam naquele momento. Confesso que foram as voltas mais penosas ao Circuito desde que faço Vila Real… No entanto, e recomposto da decepção e da frustração, concentro-me e penso “coisas das corridas” (estas sim, são mesmo coisas das corridas) e vejo a situação pela positiva. Não estraguei o carro, fiz uma boa prestação e resta-me terminar a prova, descomprimir e celebrar o bom andamento e a boa corrida que fiz até então.
Após as voltas atrás do Safety Car, bandeira verde e lá vai o Joaquim Jorge. Eu arranco também a fundo, mas com consciência que tenho os outros “grandes” perto de mim. Abro a seguir à chicane da meta, e deixo também passar carros mais lentos que eu para não atrapalhar a corrida dos da frente (está filmado). Sigo no encalce desses lentos - que seguindo lado a lado tapam o Rui Costa na subida de Abambres mesmo com bandeiras azuis a serem mostradas – e eu aproveito o cone do Rui Costa para subir ainda mais rápido, passando o Cortina Lotus na chicane de Mateus de forma isenta e limpa. Vamos para a descida de Mateus, que faço a fundo mesmo com os pneus velhos, e o Cortina mantém-se a alguma distância. Chicane da Aurocária, estou em cima do 323i e sigo para a “parte nova”. Ao entrar nesta parte da pista, bandeiras amarelas porque o Starlet está avariado, mas logo a seguir verdes. “só mais duas curvas, penso”.
Eis então que o impensável acontece, e está à vista de toda a gente. Carro contra a parede de forma violenta, e projectado contra os pneus de igual forma. Confesso que todo o stress da semana e fim de semana foi descarregado naquele momento. Como era possível?! Depois de tanto esforço, de uma corrida exemplar até à entrada do Safety Car, de ter tido sempre uma condução isenta de erros e respeitando todos os pilotos, rápidos e lentos, como era possível acabar uma corrida de forma tão inglória e sem culpa nenhuma? E o carro? Como ficou o carro? Já não faço mais nenhuma prova este ano!
Tudo isto passou na minha cabeça em fracções de segundo e como humano que sou, a vontade foi descarregar a raiva, angústia, frustração e desilusão no responsável daquele incidente. Estive mal? Estive. Ia bater em alguém? Provavelmente não, não sou dessas coisas mas foi mais forte do que eu. Aquele sentimento tinha que sair para fora de mim de qualquer maneira, como disse sou humano, e não fui o primeiro piloto a ter esta atitude, nem acredito que serei o último, desde a F1, ao Autocross, passando por todas as modalidades do automobilismo.
Foi intencional, não foi, é azelha, falhou a travagem, não deveria ter saído do carro, foi uma cena assim ou assado, isso naquele momento pouco importa. Pensar que tudo acabou ali, que tenho uma reparação cara para suportar, que não irei fazer mais nenhuma prova este ano, que terei que me justificar perante quem me apoia sobre o porquê de não cumprir com o contratado, que faltam duas curvas e que nada fiz para merecer aquilo… Venha o primeiro “moralista” atirar a primeira pedra.
Como já o disse, aceito opiniões mas críticas não admito a ninguém, a não ser que tenha passado por uma situação igual e se tenha conseguido manter calmo. Eu se calhar teria, se também corresse com o carro sem patrocínios…
Aguardo pela decisão do CCD sobre qual a sanção que me irão aplicar, assumi as minhas responsabilidades perante o Colégio, como não poderia deixar de ser e apenas aceito ser julgado por este Órgão Disciplinar, não por qualquer comentador de bancada, por muito experiente ou importante que se ache.
Um abraço a todos, em especial à minha equipa, família, amigos e conhecidos que me fizeram chegar mensagens de apoio, e principalmente a todo o fantástico público presente no circuito de Vila Real. Realmente, esta é a verdadeira Capital da Velocidade Nacional.
Até 2017!
Nota: texto redigido ontem à noite, no silêncio do meu pensamento."
In:
Para lá do Marão, Rafael Lobato foi mandão!
O Racing Weekend de Vila Real, a contar para o Campeonato Nacional de Velocidade Turismos 20156 (CNVT 2106) realizou-se no passado fim de semana no mítico circuito de Vila Real. Rafael Lobato esteve em destaque ao rubricar uma “pole-position” e uma vitória ao volante do Seat Leon TCR com as cores da Ascendi, Crédito Agrícola, Fibran XPS, Murganheira, Renort, Tomeifel, Dentereal, Glassdrive, Anabela Alves, Clínica Beco com Saída, inscrito pela Speedy Motorsport.
O jovem piloto natural de Vila Real dominou de forma intensa, sendo o mais veloz nos treinos livres e, sem surpresas, o mais rápido no treino de qualificação para a sua corrida. Nesta corrida obteve um tempo que o deixaria, por exemplo, na “pole-position” do Europeu de Turismos (ETCC).
Liderando do semáforo à bandeira de xadrez, Rafael Lobato realizou uma exibição perfeita e cheia de classe na Corrida 1 (a que lhe competia) controlando os seus adversários e conquistando uma saborosa vitória que deixou Vila Real e os seus habitantes ao rubro. Foi arrepiante ver Rafael Lobato cumprir a volta de consagração com a bandeira do município ao vento e os seus conterrâneos a prestarem-lhe a justa homenagem.
Para a corrida 2, foi a vez de César Machado tomar lugar no Seat Leon TCR com as cores da Ascendi, Crédito Agrícola, Fibran XPS, Murganheira, Renort, Tomeifel, Dentereal, Glassdrive, Anabela Alves, Clínica Beco com Saída, inscrito pela Speedy Motorsport. Partindo da 5ª posição da grelha, pouco depois era já segundo, quando a corrida foi interrompida devido a um acidente entre dois concorrentes. No reatamento da prova saiu em terceiro e ainda pressionou o segundo classificado, mas acabou por recolher os pontos do terceiro posto final.
A vitória de Rafael Lobato e o terceiro lugar de César Machado, permitem que a jovem dupla de pilotos esteja, agora, mais perto do topo da classificação do CNVT, estando as três primeiras equipas separadas por 12 pontos.
Próxima corrida será nos dias 8 e 9 de julho, no Autódromo Internacional do Algarve.
Rafael Lobato – “Vila Real continua a ter um significado especial para mim. Em 2014 conseguimos o meu primeiro pódio à Geral na Velocidade, com o carro menos potente do pelotão e à chuva. Depois de dominarmos no ano passado com duas vitórias e o recorde do circuito, este ano tudo se conjugou novamente para uma magnífica prestação. Sei que tenho um conhecimento superior do traçado mas atribuo os excelentes resultados que aqui tenho obtido ao forte apoio e carinho do numeroso público que sempre comparece no Circuito de Vila Real. Para terem uma ideia, ontem não tinha actividades competitivas em pista, mas estive todo o dia em contacto com as pessoas que nos visitaram no paddock e eram 8 da noite ainda estava a tirar fotos junto do carro, a dar autógrafos ou distribuir brindes! Ao contrário do que muitos pensam, o automobilismo é um desporto de equipa! O piloto pode estar sozinho dentro do carro em pista, mas por trás dele há uma enorme equipa que trabalha para lhe dar as melhores condições e apoio. Patrocinadores, fãs, amigos, família, público, comissários, etc... A Speedy Motorsport faz parte dessa equipa e tem sido fundamental para me ajudar a estar nas melhores condições em todas as corridas. Por tudo isto posso dizer que Vila Real é nossa! Muito obrigado!!!”
Pode seguir o piloto no Facebook e em www.rafaellobato.com
Para mais informações contacte jorge_lobato@hotmail.com
Assessoria de Imprensa RAFAEL LOBATO
Vila Real no dia seguinte
Nos jornais ...
Como é meu hábito, fui ler o JN no Café Clássico.
Hoje, o tema de conversa de café, continuava a ser as corridas.
…. Era tanta gente!… à volta do circuito, nem nos locais mais recônditos, havia um lugar para estacionar… melhor dizendo tudo servia para estacionar…era um mar de gente que por toda a parte … os mais destemidos até dos telhados viram as corridas.
Sim, não há duvida veio mais gente do que no ano passado.”
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