O Porsche Carrera 6 ou 906 #130 Aurora Porsche
Uma surpresa vinda dos Estados Unidos de um mais um automóvel que esteve na pista vila-realense.
Ao ver este vídeo quantas recordações surgiram em tão pouco espaço de tempo… o Porsche Carrera 6 de Carlos Santos, lindíssimo como ele era…
Agradável, inesquecível e atraente, foi a decoração psicadélica vista em Vila Real no Porsche Carrera 6 de Carlos Santos, naquele longínquo ano de 1970 e recordada nas poucas fotografias a cores ou a preto e branco então conhecidas, ou então nas miniaturas protagonizadas nas várias tentativas pessoais, entretanto pensadas, iniciadas, mas de difícil finalização.
A 28 de Abril de 2011 já o site http://www.gunnarracing.com/ nos mostrava belas imagens do restauro do Porsche 906 reportando-se nas suas configurações originais.
A Gunnar Racing com uma oficina que parece mais um museu ficou conhecida pelas versões especiais dos Porsche que correram nos campeonatos americanos.
906-130 Amelia Island Concours d'Elegance 2013 e decoração Vila Real 1971 em que Carlos Santos foi 4º classificado.
No final de 1968, Carlos Santos deslocou-se com o Lotus 47 a Angola, onde participou na prova de Luanda, e por lá o vendeu a Herculano Areias.
Estávamos em 1969 e o Porsche Carrera 6 # 130, pilotado em 1966 por Fernando da Baviera (típico cliente da Porsche, oriundo de uma família ligada às grandes casas reais Europeias), passou no ano seguinte para Alex Soler-Roig. Novamente em 1968 passa para as mãos de José de La Peña e mais tarde para Ben Heiderich, o importador da Porsche em Espanha, vem finalmente para Portugal por intermédio de Carlos Santos, para competir com o Ford GT 40 que fora de Carlos Gaspar, com o qual foi Campeão Nacional é agora pertença de Luís Fernandes.
Durante a longa estadia em Portugal esteve no Circuito Internacional de Vila Real por 4 vezes e foi pilotado por Carlos Santos, Manuel Nogueira Pinto e Miguel Soeiro de Lacerda.
Associado a um palmarés invejável, foi Campeão Nacional de Velocidade 1969 na categoria Grande Turismo e Desporto com Carlos Teixeira dos Santos, o mesmo acontecendo nos anos de 1970 e 1971 com a nova designação da categoria de GT, Desporto e Protótipos.
No circuito Internacional de 1970 Vila Real aparece pela primeira e nos treinos de sexta-feira e nos de Sábado obtem o 4º melhor tempo, 2.42,08s o que lhe permite partir na segunda fila ao lado de Yan Skailes. Na prova abandona ao fim de 33 voltas.
Em 1971, seguindo as últimas tendências dos estilistas da Porsche, Carlos Santos mandou decorar o 906 com uma pintura psicadélica inspirada no Porsche 917#043 presente no ano anterior em Le Mans.
O piloto parte da 5º linha de partida tendo ao lado Martin Deeley e Ernesto Neves e no final termina num honroso 4º lugar da geral.
Actualizado para a época de 1972 foi rejuvenescido pela Garagem Aurora naquela que foi a sua primeira grande transformação de um Carrera 6, no intuito de manter a sua competitividade. A carroçaria foi aligeirada e redesenhada mantendo a parte central do cockpit, tornando-o num modelo único e conhecido por Aurora Porsche.
Sábado, 8 de Julho de 1972: imagem rara do Aurora Porsche de Manuel Nogueira Pinto no momento em que entrava no Jardim da Carreira para as verificações técnicas. Nos treinos suplementares de Domingo, um princípio de incêndio na zona de Mateus impossibilitou a sua participação na prova.
A competitividade não terá agradado ao seu proprietário levando-o a adquirir o Porsche 907 chassis #027, carro que foi de Rui Guedes e que quase o tinha destruído em Vila Real, no ano anterior.
Nogueira Pinto adaptava-se ao Aurora Porsche que conduzia pela primeira vez, mas a chuva não ajudava e um princípio de incêndio na zona de Mateus no Domingo, impossibilitou a sua participação na prova.
Artur Passanha também o pilotou em Vila do Conde, Estoril e nos 500 Km de Interlagos, no Brasil, onde foi 14º.
Em Setembro de 1972 Miguel Lacerda no Autódromo do Estoril
A última participação do famoso Porsche Carrera 6 em Vila Real foi no ano de 1973 onde Miguel Soeiro de Lacerda, impondo um ritmo adequado à sua viatura permitiu-lhe ser um dos 15 pilotos a terminar a prova e a colocar-se entre o Scorpion de Andrew Fletcher e o Lola T 290 de Tony Birchenhough e terminar num honroso 10º lugar, após 29 voltas durante 1h 24m 41,04s e uma média de 142,288 Km/h.
Autódromo do Estoril 1973,ínicio dos treinos como nos indica Miguel Lacerda."Ao meu lado direito,José Caiano e José Miguel Barros. À minha frente,Manuel Braga na altura mecânico da Garagem Aurora e hoje como não poderia deixar de ser, conceituado preparador e proprietário da AutoParaiso da Foz".
Fotos in
https://www.facebook.com/pages/Gunnar-Racing/170646199628245
Porsche Carrera 6 ou 906 #126 Aurora Porsche 2000
Um dos mais belos modelos da Porsche vistos em Vila Real, na minha juventude, embora já muito desactualizados, ainda foram estrelas no campeonato nacional e um Campeão Nacional de Velocidade em 1972.
O Porsche Carrera 6, com o chassis # 126 percorreu as várias pistas internacionais com as cores da “Ecurie Basilisk” em 1966. O seu proprietário Hans Khunis e Heini Walter percorreram as pistas internacionais intercalando com algumas provas de rampa, onde também foi um sério candidato à vitória na classe até dois litros. Em 1967 Richard Broström também o usou até que foi adquirido em 1969 por Manuel Nogueira Pinto (Campeão Nacional Turismo Especial e Desporto Protótipos) e João Posser de Andrade Villar, e que em conjunto com o de Carlos Santos e depois de Vila Real, se juntou o de Joaquim Filipe Nogueira para animar o nosso campeonato nacional de velocidade na categoria Grande Turismo e Desporto.
Manuel Nogueira Pinto, João Posser de Andrade Villar, Álvaro Parente e Carlos Santos foram os seus orgulhosos volantes.
A estreia aconteceu em Jarama no dia 27 de Abril, onde Andrade Villar foi 2º da geral à média de 116,833Km/h, depois do Ford GT40 de José Maria Juncadella.
A vez de Manuel Nogueira Pinto estrear o 906 foi no Grande Prémio do ACP, na Granja do Marquês onde terminou em segundo, depois de uma boa luta com o vencedor, Ernesto Neves no Lotus 47.
Pintado de branco e vermelho os seus proprietários Nogueira Pinto e Andrade Villar participaram nas 6 horas de Vila Real no Porsche Carrera 6, onde conseguiram nos treinos a 11ª posição na grelha de partida e no final um 7º lugar e ser a melhor equipa portuguesa em prova.
Nas 3 Horas da Granja do Marquês, a 20 de Julho, o melhor tempo foi o de Nogueira Pinto 1.43.81, seguido de Carlos Santos em igual carro (1. 44.30) e de Max Wilson / Mac Daghorn em Lola T 70 BRM MK III - SL73/113. Uma má partida e problemas com os apoios do motor obrigam-no a abandonar, o mesmo acontecendo aos dois únicos pilotos estrangeiros presentes, sendo Carlos Santos o vencedor.
Novamente na Granja do Marquês decorreu o II Grande Prémio do A. C. P onde Manuel Nogueira Pinto, foi o vencedor ao fim de 40 voltas, Carlos Santos (Lotus Elan) foi segundo com 36 v e Américo Nunes (Porsche 911) o terceiro.
(foto de E.Baião)
No Circuito Palanca Negra, em Luanda, realizado a 21 de Dezembro e após a largada escalonada em função dos números atribuídos pela organização, Andrade Villar com o nº 16 e saído da 4 linha de partida, tenta ultrapassar os mais lentos, inesperadamente provoca uma tragédia junto dos espectadores com várias vítimas mortais, destrói por completo o Porsche do qual também acaba por ser mais uma vítima mortal algum tempo mais tarde.
Posteriormente adquirido por Carlos Santos e Eduardo Santos o carro foi reconstruido na garagem Aurora de uma maneira artesanal e com uma carroçaria inspirado nos carros de Sport da época.
Uma tarefa engenhosa onde a arte, o engenho, criatividade e a perseverança estiveram sempre presentes no propósito de o recuperar novamente para as corridas, aquilo que segundo as fotos parecia irrecuperável.
Em Julho de 1973, Robert Giannone veio a Vila Real estrear o novo protótipo onde foi inscrito como Porsche 2000, modelo que posteriormente ficou conhecido como Aurora Porsche Spyder.
Durante os três dias de prova e alguns acertos, conseguiu o 18º lugar nos treinos oficiais, mas na prova abandonou após 19 voltas, enquanto o carro “irmão” de Miguel Lacerda (Aurora #133) conseguiu um honroso 10º lugar.
Ainda nesse ano e em Outubro, Robert Giannone consegue a primeira vitória absoluta do Aurora Porsche Spyder, agora com uma nova traseira mais envolvente, tipo Chevron B 21, ao fazer os 5.000 metros da subida do Monte Farinha em Mondim de Basto em 3.06.16. Mário Gonçalves em Austin 1275 GT (3.12.43) e Francisco Fino em Datsun 1200 Coupé (3.15.59) foram segundos e terceiros respectivamente.
Em 1974 e durante a revolução, o Aurora Porsche foi a Angola para o Circuito das Festas do Mar em Moçâmedes, onde Giannone abandonou.
No Estoril e durante o I Circuito Nacional do ACP, em Junho 1975, o Porsche Aurora surge com novos desenvolvimentos visíveis, um novo aileron, aletas na dianteira e está pintado de amarelo e verde. O vencedor foi Carlos Santos GRD S 73, Giannone é segundo e “Lumaro” também em GRD, é terceiro.
Nova decoração no circuito de Vila do Conde agora de branco vermelho e azul, a corrida dos grupos 2,3,4e5 e naturalmente a prova principal. Gianonne fez o melhor tempo 1. 74,06 seguido por Santos 1. 04,76 e “Lumaro” 1. 04,91. No final e depois de uma corrida bem disputada o Aurora Porsche terminou em 3º lugar, Santos foi primeiro e “Lumaro” o segundo.
No Circuito da Costa de Lisboa, em 1976 na prova de Fórmula Livre para carros dos grupos 6 e 8, Álvaro Parente estreava-se no Aurora Porsche, Carlos Santos no GRD S 73 e António Oliveira em Lotus Seven os únicos presentes enquanto no grupo 8 estavam quatro Fórmula Ford entre eles o Lotus Ford de Robert Gianonne e três Fórmula V. Álvaro Parente arranca muito bem, mas no final da recta já esta em segundo depois de uma rápida adaptação ao carismático bólide, onde Carlos Santos averba nova vitória.
No Circuito de Verão, no Estoril, em Agosto de 1977, Carlos Santos na prova de Formula Livre (Grupos 6 e 8) inicia os treinos, alcança 2.2,53s e de seguida abandona com problemas no motor, a partir deste daqui, o original bólide é esquecido naquela que deve ser a melhor evolução do Porsche Carrera 6.
Imagens: Bonhams
Afinal, já chegou, e percorreu o Circuito Vasco Sameiro no primeiro fim-de-semana de Março.de 2013
Imagem gentilmente cedida por António Carvalheira
42º Encontro de Clássicos Além Corgo
Mais um primeiro domingo do mês e mais um Encontro de Clássicos Além Corgo em Vila Real, desta vez na sua 42ª edição, com a natureza já a manifestar-se anunciando para breve a Primavera.
Um Sol tímido aquecia um pouco a manhã fria e ensombrada pela ameaça de umas pingas a partir da parte de tarde, acreditando no Boletim Meteorológico, mas que afinal não se veio a confirmar.
Os convivas foram chegando a pouco a pouco e depois do pequeno-almoço e de uma vista de olhos pelo jornal e de uma amena cavaqueira sobre o Campeonato Nacional de Montanha e da futura participação no Circuito da Boavista por parte de um dos presentes.
Desta vez somente um veículo motorizado surgiu pela primeira vez, a Renault 4L de 1986 de Alexandre Fonseca.
Até ao dia 7 de Abril. Até lá, bons momentos clássicos…
Les anneés fabuleuses de lá Formule 3 - 1964 – 1970
Um extraordinário testemunho do período mais surpreendente do F3, escrito por um dos seus actores, Jürg Dubler
Antes de começar a correr, Jürg Dubler escrevia artigos para a " Revue Automobile" suíça. Os seus talentos de poliglota, conduziam-no igualmente a traduzir artigos em francês, inglês e italiano. Seguidamente, sempre continuou a escrever, tendo uma crónica regular onde contava as corridas que disputava.
Jurg Dubler, esteve em Vila Real em:
1966
Abandonou, com um Brabham BT 18
1968
Obtêm o 11º lugar, com um Brabham BT 21 B
Nos dois volumes de ” LES ANNES FABULEUSES DE LA FORMULE 3. 1964 – 1970” onde são recordados Os Anos Dourados da Formula 3, época de 1964 -1970.
Era uma competição realmente internacional, onde os jovens pilotos provenientes de todos os países do mundo, sulcavam as estradas da Europa, desde a Alemanha até Portugal, da Sicília à Inglaterra e da França à Suécia. Em “meetings”, onde as corridas de Fórmula 3, eram as vedetas e os prémios de partida e de chegada permitia aos melhores viver, quotidianamente, da corrida.
È esta fabulosa época, vivida por ele, nas maiores provas internacionais que nos conta este Suíço, onde destaca a sua presença em Portugal, o seu primeiro lugar na grelha de partida da primeira manga e o 21º lugar na final, com o Brabham BT15 – Ford, no circuito de Cascais no ano de 1965 e a sua passagem por Vila Real.
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