“A tutta la velocitá” … (…70)
Um fim de tarde inesquecível.
Numa das minhas habituais visitas aos amigos, deparo-me com algo que poderia ser uma prenda original, ou um sonho tornado realidade.
Um Ferrari atraia todas as atenções …
Era um F 430, belo, imponente, desafiador…
Uma espreitadela …
E mais um desafio…
Uma passagem vertiginosa pela auto-estrada … absolutamente extasiante …
Regresso e final de uma experiência inesquecível.
Rendido a mais uma beldade…
XVIII Circuito Internacional de Vila Real 1971
Quando as mais belas máquinas eram por cá esperadas …
“«Corridas mais breves são melhor espectáculo»
- opinião do director da corrida José Novais
Vila real é sem dúvida o centro de atracção do automobilismo português. Corridas em Vila Real são sempre sinonimo de deslocação em massa dos adeptos do automobilismo à capital de Trás-os-Montes que apesar de distante e naturalmente pouco acessível reúne o número de espectadores tão elevado que qualquer outras manifestação automobilística portuguesa jamais logra obter. (…)
- Porquê este ano apenas uma corrida de 35 voltas depois de nos anos anteriores termos tido provas de resistência como os 500 KM e as 6 Horas de Vila Real?
O nosso entrevistado respondeu-nos:
- Nos anos transactos admitimos aquelas provas morosas e difíceis numa tentativa de incluir Vila Real no Campeonato de Construtores. Uma vez que toda a insistência junto da FIA não foi possível obter esse privilegio, consideramos que não devemos ir para esse tipo de provas. De facto sem o apoio dos construtores á praticamente impossível trazer até nós as grandes vedetas que estão quase todas ocupadas com as provas do campeonato. Ora Vila Real é um circuito demasiado longo para poder ser vivido com interesse, ao longo de muitas horas, com poucos carros e alguns a cair de velhos. Parece-nos, portanto, mais logico fazer provas que possam manter o interesse do espectador até final. Por isso a escolha de uma prova com 35 voltas. (…)”
Entrevista de Maria do Céu, publicada no Jornal Motor n. 397
TAÇA SECRETARIADO DE ESTADO DE INFORMAÇÃO
Para um agrupamento constituído pelos automóveis do
Grupo 3 - automóveis de Grande Turismo de Serie
Grupo 4 - automóveis de Grande Turismo de Especial
Grupo 3 - automóveis de Desporto
Grupo 3 - automóveis de Desporto Protótipos
Circuito de Vila Real Turismo e Turismo Especial
o Capri 2300 GT de Jorge de Bagration
Momentos que antecedem a partida
O Opel Commodore de D. Frolich ladeado pelo Ford Capri de J. Bragation e Escort de F. Santos.
Nani e José Peres no carro de todos os dias da esposa
In:
https://www.facebook.com/pages/Jorge-de-Bagration/11218052496
XVIII Circuito Internacional de Vila Real 1971
Amanhã é “Vila Real
A ESTREIA DO
“TEAM MOTOR”
SERÁ
O
GRANDE
CARTAZ
TAÇA AURELIANO BARRIGAS
Para automóveis de corrida da Fórmula Ford e Fórmula V
Os automóveis das fórmulas V e Ford são os definidos no Regulamento Nacional para automóveis de corrida de fórmula V e no Regulamento Nacional para automóveis de corrida de fórmula Ford.
A prova para os automóveis de corrida da fórmula Ford e V irá ser realizada em conjunto, na qual voltamos a ter a presença da única senhora a correr em fórmulas que continua a ser a jornalista do Jornal Motor, Maria do Céu, com o Galáxia V.
Temos ainda três concorrentes suíços inscritos cada um com marcas diferentes, Giger Vau, Rebell e Austro. .
Na fórmula Ford teremos a estreia do «Team Motor» Carlos Azevedo e Mike Catlow em Palliser que procurarão repetir as exibições de Inglaterra.
XVIII Circuito Internacional de Vila Real 1971
Grupo 2 – automóveis de Turismo Especial
TAÇA AUTOMOVEL CLUB DE PORTUGAL
Recorrendo ao Jornal Motor, na sua habitual antevisão de 1 de Julho de 1971 no "Suplemento especial com tudo sobre a corrida transmontana".
A prova de grupo 2, conta com pelo menos 11 inscritos, dos quais os favoritos serão o Príncipe Jorge de Bragation com um Ford Capri e o alemão Dieter Frohlich em Opel Commodore preparado pela Steinmetz, conhecidos entre nós principalmente através revista Sport Auto e Auto Motor und Sport.
Auto Motor und Sport 26/1971 Opel Commodore 2800 S von Steinmetz
Prova de GT e Desporto
A presença dos Chevron B 8, foi a grande novidade nos circuitos nacionais, embora já muito utilizados nas várias provas inglesas, mas também nas inúmeras corridas realizadas na Europa.
Desenhados por Derek Bennet, os belos e elegantes protótipos, eram os preferidos dos jovens ingleses, que procuravam um carro rápido e fiável, mas ao mesmo tempo de baixo custo, cerca de 2850 libras, com motor BMW de 1991 c.c..
A sua silhueta encantou muitos dos espectadores e ficaram para sempre retidos na sua memória.
Único exemplar, o B4 presente foi inscrito como Chevron BMW, era uma evolução das duas unidades fabricadas também em 1966, denominados por B3, esteve acompanhado pelo B6 e o seu expoente máximo, os eternos e lendários B8.
A chegada ao centro da cidade do Dino Ferrari 206 S utilizado por Mário Araújo Cabral à Mabor, local onde também se encontrava o Lola T70 MK 3 do futuro vencedor.
Mecânicos e pilotos com o chefe do Team Palma, … Bernardino Lampreia, ... Joaquim Filipe Nogueira Ernesto Neves.
Em baixo e no meio dos mecânicos José Filipe Nogueira.
No Jardim da Carreira, o carro do futuro vencedor da prova, ao fundo um dos colegas do meu pai.
Vila Real, Domingo!
Ainda pela manhã, mas já sob um calor abrasador, demos uma volta ao circuito. E que circuito!... Sentimos alguma melancolia, pelo facto de nos ter sido impossível participar. O piso do circuito é extremamente bom. Certamente que temos de ter em linha de conta o esforço da Comissão Organizadora, no sentido da preparação da parte que passa por dentro de Vila Real. Mas “apenas” com isso, o circuito ficou maravilhoso. Apesar de duas passagens de nível – uma não se sente, mas a outra “obriga” a saber entrar – e uma ponte um tanto ou quanto estreita.
Há, contudo, uma coisa que sobressai verdadeiramente: a classe de condução que o circuito exige.
José Batista dos Santos In. Jornal Motor 1968)
Início da prova David Piper seguido por Carlos Gaspar. John Miles Lotus 47 e John Woolfe
João Carlos Ferreira de Moura
No final, a festa na Mabor na Avenida Carvalho Araújo.
Fotos:
Autosport
Alexandre Pinto
Dave Suliman
XVIII Circuito Internacional de Vila Real 1971
Recorrendo ao Jornal Motor Nº 397 1 de Julho de 1971 para ver as máquinas da altura.
Grupo 1 – automóveis de Turismo de Série
TAÇA COMISSÃO REGIONAL DE TURISMO DA SERRA DO MARÃO
Com 13 concorrentes inscritos a prova de Grupo 1 será um duelo entre os BMW com os Austin e o Morris Cooper S sempre à espreita de um deslise para alcançarem um bom lugar, onde o Capri terá um lugar de destaque.
Extracto do regulamento
“§ - A comissão organizadora e o Júri da Prova reservam-se o direito de não realizar qualquer das corridas previstas neste Artigo, cujo numero de concorrentes, à data do fecho das inscrições , não atinja o mínimo estabelecido para que a mesma corrida possa pontuar para o campeonato Nacional de Velocidade. No respectivo agrupamento. “
XVIII Circuito Internacional de Vila Real 1971
“A palavra circuito
Que é um circuito? Volta, rodeio, sucessão de fenómenos periódicos. Também pode entender-se muito simplesmente como uma circunferência – curva plana e fechada, com todos os pontos equidistantes dum ponto interior chamado centro. Ou percurso fechado por onde passa uma corrente eléctrica. Ou ainda, mais subtilmente: linha que limita inteiramente uma superfície, Mas isto não diz nada, ou pouco diz, porque vale o que valem as palavras armazenadas num dicionário, no silêncio das suas prateleiras. Puro rosto insignificativo. As palavras só significam realmente, articulando-se com outras palavras, valendo pois o que valeram os nexos que lhes atribuímos. Circuito é uma forma que em si nada significa, pois o que verdadeiramente significa é a relação que a palavra estabelece com outra ou outras no contesto frásico. Se eu disser circuito, ninguém fica a conhecer o meu pensamento, mas uma forma do meu pensamento; mas quando eu digo Circuito de Vila Real toda a gente me entende, pois a forma preencheu-se, animou-se, começou a viver.
Vamos mais longe; a palavra circuito é passível de múltiplos significados, funcionando como imagem daquilo que o homem livre e intencionalmente intender. Rimbaud dizia que para ser poeta trabalhava no sentido de se tornar vidente. Em cada um de nós habita um poeta, quando somos verdadeiramente videntes. Ninguém nos impedirá de ver um circuito no espaço ou no tempo, nas ervas do sol. Qualquer pessoa aceita que possamos imaginar um circuito no espaço como em qualquer das zonas que o compõem: um circuito azul ou um circuito de fogo, percorridos simplesmente pela sua cor ou por um ser tão estranho como a aranha da Poe. Não é tão fácil idealizar um circuito no tempo, a menos que voltemos ás velhas concepções gregas ou à teoria de Nietzsche sobre o eterno retorno. Se pensarmos, todavia, no ciclo ou circuito das quatro equações tudo se torna mais simples. Mas nas ervas do sol… O leitor já algum dia terá pensado nas ervas do sol? Toda a gente sabe que o sol não produz ervas. Mas por esse facto teremos que considerar absurda a expressão ervas do sol? Tenho aqui á minha frente um livro de poemas de Aimé Césaire que fala das «sementes azuis do fogo». Quase a mesma coisa.
Convença-se, amigo leitor, de que tem o direito de imaginar um circuito de automóveis, de flores ou qualquer outra coisa nas ervas do sol, «nas sementes azuis do fogo» ou onde muito bem entender, O circuito só existe verdadeiramente quando falamos nele. Pense nisto.”
António Cabral
In Livro das corridas de Vila Real 1971
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