O camião Fiat que transportava a equipa de John Woolfe Racing
As provas de Dragster surgiram nos Estados Unidos, durante a década de 40.
Com um poder aceleração de 0-100 km/h quase instantânea, chega à linha de chegada, a uma velocidade na ordem dos 530 km/h, aí o piloto tem que accionar o pára-quedas, já que o sistema de travagem não chega para parar a tal velocidade.
De aspecto estranho e curioso, o Dragster é um tipo de veículo leve, com motores extremamente potentes, especialmente projectados para provas de arranque em rectas com um quarto de milha.
Estas miniaturas eram fabricadas pela Corgi Toys e foi com elas que muitos de nós brincaram e muitas corridas certamente participamos.
Sem saber usamos a réplica do modelo de inglês pertencente a John Woolfe, conhecido piloto de automóveis e um dos participantes no Circuito Internacional de Vila Real.
Os dois Cobras
Em 1967 adquire dois AC Cobra, um para as provas de velocidade (volante à esquerda GTM 700F) e o outro para as corridas de dragster em Inglaterra (o primeiro aligeirado com volante à direita de 1965, chasis nº CSX 3167 matrícula GTM777P).
Nas corridas vila-realenses o GTM 700F é uma das atracções principais e muitos ainda hoje recordam aquele "cantar" ensurdecedor, provocado pelo enorme V 8 daquele carro azul-escuro com listas amarelas, que rivalizava com o verde sabonete de Micael Grace d`Udy.
Sortes distintas, para o AC Cobra 428 a desistência, enquanto o esbelto Lola T 70 Mk 3 iniciou uma série de vitórias algumas dos quais com o mesmo piloto na capital transmontana.
John Woolfe preferia os automóveis rápidos e potentes, com grande poder de aceleração. No ano seguinte adquire o Lola T70-Chevrolet ( SL 102) a Sidney Taylor e dirige-se imediatamente para o nosso Circuito Internacional.
Parte da segunda linha da grelha de partida ao lado de John Miles e classifica-se em 6º lugar, atrás de Miles e do português Carlos Gaspar.
A titulo experimental faz algumas provas com o novo Chevron B12 -Repco V8 ,equipado com um motor BRM três litros e com ele foi 8º em Karlskoga 1968 e abandona em Le Mans.
Miniatura da JPS 24 horas de Le mans 1968
O novíssimo Porsche 917
Naquela que foi a sua última corrida, estreava o seu imponente Porsche 917, um monstro com mais de 500 HP, 800 Kg e de estabilidade um tanto ou quanto duvidosa. Inesperadamente tornou-se no primeiro piloto a quem foi entregue o novo modelo e que com ele participou nas 24 horas de Le Mans.
Mas infelizmente a aventura terminou tragicamente em La Sathe, naquele Sábado 14 de Junho de 1969, durante a primeira volta, na fatidica Maison Blanche...
A sua equipa a John Woolfe Racing em Le Mans, numa das suas últimas fotos.
http://www.woolfe.com/
http://www.theaccelerationarchive.co...woolfe_01.html
Jorge de Monte Real - Conde de Monte Real – Jorge Abreu de Mello e Faro
Era um dos nomes pelo qual foi conhecido este extraordinário defensor do desporto automóvel e um grande vencedor nas rampas portugueses.
Apaixonado pelas motos converteu-se ao automobilismo em 1935, ano em foi campeão de rampas na categoria corrida, com um MG. Nesse mesmo ano adquire o Bugatti T 35 de Alfredo Marinho Júnior e com ele obtêm o 2º lugar no Circuito do Estoril, e na primeira corrida realizada na Madeira, a Rampa dos Barreiros foi o vencedor na categoria sport e segundo na categoria corrida.
Foto Revista ACP
Em 1936, participa com o Bugatti no Circuito Internacional de Vila Real onde é 5º e no único circuito de Santarém, foi o vencedor.
Fotos Primeiro Arranque Vasco Calisto
Foto Circuito de Vila Real Anos 30
Em 1937 foi novamente 5º em Vila Real e 3º no Estoril.
Este Bugatti T 35C vermelho e branco pertenceu a Alfredo Marinho Júnior e tinha a matrícula N-12252.
Depois da guerra é novamente Campeão Nacional de Rampas em 1951 e 1952 com um Ford Ardum um automóvel reconstruído nas oficinas Palma e Morgado.
Em 1951 termina em segundo lugar em Vila Real e no ano seguinte abandona.
A primeira experiência internacional em rali surgiu em 1949, como co-piloto de António Herédia em Riley e em 1951 inverte a posição e com Manuel Palma, classifica-se em 2º da geral no Rallye de Monte Carlo. A máquina utilizada foi um Ford 100CV, nada mais que um carro de serviço da Palma & Morgado, cujo prémio não chegou sequer para cobrir as despesas de participação, quanto mais o conserto do carro.
Terminou a sua actividade desportiva por volta de1956 e a última corrida foi na Granja do Marquês em 1968 numa prova para veteranos onde venceu.
Ainda o vamos encontrar por Vila Real como comissário desportivo nos anos sessenta como comissário desportivo.
Foto inserida no livro das corridas de Vila Real 1952
Foto inserida no livro das corridas de Vila Real 1966
Em 1966 no livro das corridas de Vila Real a foto do livro de 1958 foi inserida novamente, com o seguinte comentário:
Conde Monte Real
“Este distinto volante honrou o Circuito de Vila Real com a sua presença pela primeira vez em 1936, disputando as provas de Sport e Corrida, obtendo um notável 2º lugar nesta última prova. (Faltou acrescentar antes de abandonar ou então 5º).
Voltou a participar neste famoso Circuito em 1937, conseguindo, porém, nos anos de 1949 e 1951, as suas mais brilhantes actuações, empolgando o denso público que o aplaudiu com vibrante entusiasmo.
Conde de Monte Real, deixou nesta Região bem assinalada a sua notável presença, caracterizada não só pela finura do seu trato como ainda pelas suas actuações, sendo, por isso, considerado umm ídolo que o povo transmontano jamais esquecerá.”
Ferrari 166 MM 1949 166 Inter Spider Corsa, 008/0012 M em Portugal
008/0012M 49
166 SC, RHD
Motor 0010M
Roberto Vallone, campeão italiano na classe 1100 procurava para 1949 um carro vencedor. A escolha recai num Ferrari para ser carroçado em Spider Corsa. No intuito de alinhar simultaneamente em Sport e Formula 2, opta por guarda-lamas e faróis amovíveis e inclui a roda suplente na traseira, numa estratégia para melhorar a aerodinâmica e diminuir o peso. O chassis 12M foi entregue a Touring pela Ferrari, com o caderno de encargos segundo os desejos expressos pelo seu proprietário.
23 de Abril de 1949 Mille Miglia - Roberto Vallone/ Sergio Sighinolfi
A estreia foi o Targa Florio, acompanhado por Sergio Sighinolfi, mas teve de abandonar com problemas de transmissão. Um total de 17 participações com vitórias em Nápoles, Umbria, Dolomites e Fasano, satisfaz o seu proprietário que não o chegua a usar em F2 por ter entretanto adquirido o novo 125 de F 1.
Em 1950, participa em quatro provas, mas não obtêm nenhum primeiro lugar.
Com doze provas em 1951, o carro é pertença do representante da Ferrari Franco Cornachia proprietário da Scuderia Guastalla, que o traz a Portugal para os circuitos da Boavista e de Vila Real.
17 de Junho4º - GP Portugal -Emílio Romano#18
15 de Julho 2º -Circuito de Vila Real - Conde Monte Real#18
No ano de 1952 faz quatro provas até ter terminado a sua carreira desportiva em 1955, utilizando a mesma carroçaria.
Com um percurso desconhecido até aos anos 60, foi encontrado à venda na revista Road Track com diversas mutações, entre elas uma carroçaria lembrando um 500 Testa Rossa e um motor de um 250GTE.
De mão em mão chega a Europa onde o seu proprietário actual o encontrou depois de o ter reconhecido. Confirmados os números de chassis e suspeitando no do motor. Iniciada a sua reconstrução, surgiram pedaços da antiga cor azul, (intrigando Antoine Prunet historiador da marca), como no chassis utilizado por Raymond Sommer em 1948.O V 12 de dois litros original foi guardado e conservado pelo autor desta transformação, talvez consciente do trabalho então realizado. Foi a confirmação de que o chassis foi renumerado antes de ser carroçado e vendido novamente.
Foto inserida no livro das corridas de Vila Real 1952
Um excelente trabalho da revista Auto Retro de Novembro de 2009, um numero para coleccionar.
Palmares desportivo
1949
Participa em 17 provas, as mais importantes
19 de Junho Grande Premio de Nápoles -1º.
29 de Junho Giro dell á Umbria - Roberto Vallone /Meloni-1º.
17 de Julho Coupé dês Dolomites - Vallone /Franco Meloni-1º.
21 de Agosto rampa de Fasano – Selva -1º.
1950
Abril Syracusa - Cherubini - 2º
10 de Junho grande Premio de Roma abandono
6 de Agosto volta á Calabre – 6º
13 de Agosto Coupe de Taras - 2º
1951
17 de Junho - Grande Prmio de Portugal - Emílio Romano 4º
15 de Julho - Vila Real - Conde Monte Real 2º
7 de Outubro - Coupé de Nissena - Pucci -1º
1952
Volta à Sicília - Romano/ Tornetta -5º
1955
Grand Prix Supercortemaggiore – Ottavio Guarduchi –abandono
Bom ano
Feliz 2010
Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos.
Miguel Unamuno
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