A corrida de Sport
As primeiras corridas que eu vi...
A imagem do Maserati 300 S vermelho de Stirling Moss a passar debaixo da varanda em 1958 e das constantes trocas de posição com Jean Behra, perdura na minha memória.
A caminho da vitória em Vila Real
Foto Eléctrica
Manuel Meneres
Treinos da prova de Grande Turismo e desporto.
Araújo Cabral inicia os treinos para mais uma prova no Circuito Internacional de Vila Real no Porsche 917K #10 de David Piper com muitos a recordar a estreia mundial do Lamborghini P 400 na Granja do Marquês em 1968, o carro de Paulo Coimbra e que não andava nada.
A fotografia foi obtida durante os treinos o que explica a ausência da publicidade à Sandeman.
Na prova de Vila Real, Mário A. Cabral pilotou o carro sozinho, depois da Comissão Organizadora e da Sacor o terem alugado a David Piper, ainda em convalescença apôs o acidente em que perde uma perna numa saída de pista, durante as filmagens de “Le Mans” protagonizado por Steve McQueen.
“ Nicha” obteve a primeira posição nos treinos e foi segundo na prova de 1971.
Protótipos encontrados na internet
IT 101161
IT 10
IA 21118
IIA 54121
IT 61880
IT 101159 a evolução
Livro Les 24 Heures du Mans
Adler Super Trumpf Stromlinien (Adler Werke)
Nº 34 - IT 101159 (1,679 cc.) Otto Loehr - Paul von Guilleaume
IT 100426
Equipa Adler de fábrica em Vila Real
Adler Trumpf Rennlimousine
Adler, é o nome de um fabricante alemão de automóveis e em português significa “águia”que construiu entre 1900 e 1941, maquinas, bicicletas, motos e carros.
Nos anos trinta os alemães procuravam demonstrar a sua superioridade em todos os desportos e o automobilismo não fugiu á regra.
Os representantes da marca em Portugal também procuravam a sua ascensão, envolvendo-se na competição através de Lopes da Silva em Lisboa e Mário Ferreira no Porto.
Entretanto a Adler idealiza o conceito Rennlimousine, com o objectivo de participar nas grandes competições internacionais de endurance e vencer a sua classe nas provas em que participassem como representantes do III Reich.
Desenhados pelo famoso Paul Jaray - os 'Rennlimousins' ou - racing saloons- iniciaram a sua construção em 1936. Uma carroçaria extraordinariamente aerodinâmica (tinha um CX de 0.32), muito arrojada, foram equipadas com motores de 1,5 e 2 l.
Revista Stadium
O protótipo do Adler correu em Vila Real
O IT 101157
Quatro Adler estão inscritos no programa de Le Mans para 13 e 14 de Junho de 1936. O nº1 pertencia a Anne Itler, enquanto para o construtor foram designados os números 2,3 e 4. Entretanto as sucessivas greves em França do sector industrial, levaram à anulação da prova.
Na semana seguinte, encontramos a equipa oficial da Adler no 1º Circuito Internacional de Vila Real, na prova de categoria Sport com dois modelos diferentes, um aberto e pilotado por Paul Von Guilleaume - Adler Trumpf Sport - e um fechado para Rudolph Sauerwein - Adler Super Trumpf Stromlinien -. Esta poderá ser a primeira prova em que os 'Rennlimousins' obtiveram o terceiro lugar na prova e segundo na classe, para o carro de Sauerwein.
Adler Super Trumpf Stromlinien Adler Werke)
3º. 26 Rudolph Sauerwein / D 2. 2.0
No Belgian Touring Car Grand Orix, as 24 horas de Spa-Francorchamps a 10 de Junho, a Adler Werke, ocupa o 7º, 8º e 9º lugares e vencem a classe 2.0.
7. 46 Rudolph Sauerwein / D Peter Orssich / D Adler Trumph Adler Werke 1. 2.0
8. 44 Otto Löhr / D Paul von Guillaume Adler Trumph Adler Werke 2. 2.0
9. 48 Paul von Schaumburg Lippe / Boetze Adler Trumph Adler Werke 3. 2.0
No ano seguinte, Vila Real não acolhe nenhum Adler Super Trumpf Stromlinien, mas, precisamente nos mesmos dias, Le Mans recebe três exemplares do Adler Super Trumpf Stromlinien, assim distribuídos:
Adler Super Trumpf Stromlinien (Adler Werke)
Nº 33 - IT 101156 (1,679 cc.)Peter Orssich - Rudolf Sauerwein
Adler Super Trumpf Stromlinien (Adler Werke)
Nº 34 - IT 101159(1,679 cc.) Otto Loehr - Paul von Guilleaume
Adler Trumpf Rennlimousine (Mme A. Itier)
Nº 35 - IT 101160 (1,495 cc.) Anne Itier – Huschke von Hanstein
#168302 - no.112563 L4 1500 cc N/A
A configuração dos faróis é a mesma na equipa oficial, enquanto no carro de Anne Itier – Huschke von Hanstein são agora mais aerodinâmicos.
Em 1938
Adler Super Trumpf Rennlimousine (Adler Werke)
Nº 28 - IT 101158(1,679 cc.) Peter Orssich - Rudolf Sauerwein
Adler Super Trumpf Rennlimousine (Adler Werke)
Nº 33 - IT 101160(1,495 cc.) Otto Loehr - Paul von Guilleaume
#168302 - no:112563 L4 1495 cc
O modelo é o mesmo do ano anterior, o Nº 35 - IT 101160 Anne Itier – Huschke von Hanstein.
Belgian Touring Car Grand Prix, 24 heures de Spa, Spa-Francorchamps , em 10.7.1938
6º. 34 Huschke von Hanstein (D)von der Mühle Adler Trumpf 'Rennlimusine' Adler Werke 171 24:00:27,000 4. 2.0
7º. 30 Otto Löhr (D)Paul von Guilleaume (D) Adler Trumpf 'Rennlimusine' IT 101156 Adler Werke 170 24:00:25,000 5. 2.0
32º Rudolph Sauerwein (D)Peter Orssich (D) Adler Trumpf 'Rennlimusine' Adler Werke Accident 2.0
1939
Adler Super Trumpf Rennlimousine (Adler Werke)
Nº 30 - IT 103436 (1,498 cc.) Otto Loehr - Paull von Guilleaume
O carro é muito mais aerodinâmico principalmente na frente e na retaguarda.
O Barão Huschke von Hanstein/Karkmann inscrito com um Adler não participou.
A chuva deixou de cair torrencialmente e logo os participantes ao primeiro encontro de 2010 rapidamente começaram a aprontar as suas máquinas.
Assim, o 4º Encontro de Clássicos Além Corgo, reuniram-se pela primeira vez este ano a 3 de Janeiro, para mais uma amena cavaqueira, como sempre, junto do Parque Corgo.
Os novos clássicos que pela primeira vez se deslocaram ao nosso encontro, começaram a estacionar enquanto ainda chovia bastante. Foram eles,
Guilherme Marques em Toyota, seguido de
Pedro Miguel no Triumph Spitfire e pouco depois o raríssimo
Mazda RX 2 de Fernando Roque, com
o motor Motor Wankel ,um tipo de motor a explosão, que utiliza rotores em forma de triângulo em vez dos pistões dos motores convencionais, inventado por Felix Wankel.
Pouco a pouco a chuva começa a deixar de nos incomodar e então surge Américo Monteiro e sua família com o Opel Kadett Automático, enquanto
José Correia e o filho comparecem com o Volvo 240 GL e pouco depois
Mini HL de Fernando Pinheiro. O
Pedro Vaz de Carvalho no seu
Alfa Giulietta Sprint seguido do eterno
Fiat 600 Reconstruído
de Júlio Pereira. Pouco depois,
Tiago Ribeiro no Mini MK II,
Francisco Marrão no Vw Golf e no
R5 GT turbo António Marinho e por último
Afonso Costa no VW K 70.
Entretanto Vitor Almeida mostrou algumas raridades dos anos 60º, revistas, mapas, bilhetes do nosso Circuito Internacional, dando-nos a oportunidade de recordar os tempos áureos da nossa juventude.
Sem chuva e com um pouco de sol, embora muito tímido, terminou mais um encontro de clássicos, ameaçado ao longo dos dias anteriores pela muita chuva, vento, características de um inverno rigoroso e muito tempestuoso.
1973 20º Circuito Vila Real,
Na grelha de partida Jorge de Bagration no Chevron B 23/72/9 prepara-se para mais uma prova em Vila Real
In:
https://www.facebook.com/pages/Jorge-de-Bagration/11218052496
Circuito Internacional de Vila Real 1973 treinos
Durante os treinos e numa espécie de apresentação os Lola T 292 de Carlos Gaspar# HU52 e Carlos Santos HU 47 antes de iniciar os treinos e de o destruir na curva da salsicharia.
E a neve continua…
Vila Real cobriu-se de branco. bem como 15 dos 18 distritos de Portugal Continental
Anoiteceu e a neve deixou de cair
Vista da cidade hoje pela manhã
Uma paisagem invulgar tendo como fundo o Alvãoe o Marão
A minha velha Escola Primária estreada por mim há já tanto tempo…..
A bancada do Circuito Internacional de Vila Real
A famosa curva do sinaleiro ou da salsicharia
"Maria da Fonte"
Recta de Mateus
Rotunda da Araucária
Há setenta e três anos desaparecido
Um Bugatti Type 22 Brescia, construído em 1923, esteve 73 anos no fundo do lago Maggiore, um dos maiores da Suíça.
Descoberto há 40 anos, foi resgatado há poucos meses.
Este clássico único, histórico, pode-se dizer que se encontra em muito bom estado para quem passou tanto tempo debaixo de água.
Registado em França a 11 de Abril de 1925, o Bugatti com o número de chassis 2461 e motor nº 879, foi vendido em 1930 a Georges Paiva Nielly. Quando foi resgatado ainda tinha as placas da matrícula com a sua morada em Paris. Mas o seu último proprietário deverá ser Max Schmuklerki, que circulou com ele enquanto esteve a trabalhar na Suíça.
Como não queria pagar os impostos, não o levou consigo de regresso a casa, tendo ficado á guarda de um amigo, até ao dia em que as autoridades lhe entregaram um aviso de cobrança de impostos. Como o carro apresentava sinais de competição e a sua reparação seria certamente elevada e ultrapassando o valor real do carro, foi enviado para as águas do lago local.
Agora irá ser leiloado a 23 de Janeiro, na Retromobile de Versailes. O valor reverte a favor da fundação Damiano Tamagi e a base de licitação e de 70 mil euros.
E cai neve pela terceira vez
Os primeiros flocos começaram a surgir por volta das 10h30m
Não se pode sair à rua
Brincadeiras
Do meu livro da Escola Primária em Vila Nova de Cima
A NEVE
Batem leve, levemente,
como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim...
É talvez a ventania;
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento, com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudade, Deus meu!
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...
Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
de uns pezitos de criança...
E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
- depois em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...
Que quem já é pecador
sofra tormentos... enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na natureza...
– e cai no meu coração.
Augusto Gil - Luar de Janeiro, 1909
…e pouco se pode brincar
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