41º Encontro de Clássicos Além Corgo
O Sol raiava através da persiana entreaberta, pressupunha um dia fabuloso. Mal abri a porta, ouvi ao longe os sinos da torre da igreja de S. Dinis a anunciar alegremente a festa de S. Brás.
Aquele toque é inconfundível, imediatamente nos lembra canção do S. Brás, instintivamente acompanhada pelo compasso (toque) imposto pelos sinos.
A cantarolar lá fui eu tirar o clássico da garagem!
“Eu vou ao São Brás
de cu para a frente
Comprar uma gancha
Pr'á minha gente.”
Chegado ao largo do habitual encontro mensal, já por lá se encontravam alguns amigos com as suas fabulosas máquinas.
Ao longe o sino continuava a relembrar…
"Vamos ao São Brás,
de cú ao p'ra trás
Buscar uma Gancha
para o meu rapaz.”
Um interessante grupo vindo de Lamego fez-nos companhia
António da Costa Mercedes Benz 230 CE 1986
João Duarte Mini 1000 1977
Vitor Pinto Mercedes Benz 300D 1982
Em qualquer lado da cidade, os sons dos sinos continuavam a relembravam-nos o dia do Santo protector das gargantas.
“Vamos ao São Brás,
de cú ao p'ra frente
Buscar uma Gancha
p'ra minha gente".
De Vila Real compareceram pela primeira vez:
Sérgio Botelho Mini 1000 Special de Luxe Mk II
E a terminar o Citroen DS 21 do director do Jornal Noticias de Vila Real, Caseiro Marques e seus convidados.
Chegou o momento da ida ao São Brás – ou seja a festa das ganchas
Para esta ocasião, as confeitarias e particulares ainda fazem, as chamadas ganchas ou ganchinhas de São Brás (doce de açúcar em ponto de rebuçado, muito procurados pelas crianças e adultos).
Ao chegar à festa, encontramos as primeiras vendedeiras a vender as tradicionais ganchas do São Brás, junto à Camara Municipal.
Mas, e logo que o sino começa a tocar novamente nós replicamos …
Vamos ao São Brás
de cú ao p'ra trás
barriga p'ra frente
como a outra gente.
A Capela de S. Brás é na realidade a de Santo António, O Esquecido, construída em 1875 com as esmolas recolhidas pelo então sacristão da Sé. Nesse ano, a Igreja da Sé sofreu um incêndio e á única imagem que se salvou foi a de Santo António, que se encontra nesta capela.
A Capela de S. Brás encontra-se dentro do cemitério de S. Dinis como se pode ver na imagem de cima.
Contemporâneo da fundação da cidade, o interesse da pequena igreja de S. Dinis, de raiz romano-gótica reside no facto de ter sido a primeira paroquial de Vila Real. Ampliada e restaurada em finais do séc. XV, a capela-mor no interior apresenta interessantes azulejos do séc. XVI.
Ao lado, merece atenção a ermida de S. Brás, também contemporânea do nascimento da cidade.
A capela estava aberta e havia pessoas a fazer as suas orações ao santo protector cumprindo ou fazendo novas promessas de tagarelas afónicas, gargantas desafinadas, rouquidões tísicas, nós que não desatam, bocas abertas de espanto ou outros engaranhos orais.
“Eu vou ao São Brás
De cu para o lado
Comprar uma gancha
Pr'ó meu namorado.”
Visita agradável, que contribui dar a conhecer aos amigos que nos visitaram esta secular festa e para manter viva a tradição da nossa terra e da nossa gente.
Contudo, a tradição já não é o que era e torna-se cada vez mais raro ouvir alguém a cantar ou a dar a tradicional volta ao cemitério, às arrecuas, sem abrir a boca para não entrar enguiço.
Venda das ganchas junto da centenária taberna Baca Belha
Hoje dia 3 de Fevereiro, dia de S. Brás, os rapazes oferecem a gancha ás raparigas, no dia 13 de Dezembro, dia de Santa Luzia, as raparigas retribuem oferecendo o pito aos rapazes. .
Lenda esta que se transformou numa brincadeira de entre casais.
Como comentou Ricardo Almeida naquela Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2008 no seu blog
Etnografia Transmontana
Cultura Material e Imaterial de Trás os Montes
“(…)procurando na Vila Velha a tão famosa gancha, guloseima em forma de báculo de bispo. Esta é conotada com o órgão sexual masculino que os rapazes oferecem às raparigas após estas lhe terem ofertado o pito e resulta do enrolamento de açúcar em ponto e enfeitada com uns papéis coloridos.”
http://etnografiatransmontana.blogspot.pt/2008/12/festa-de-so-brs-vila-real.html
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