Quinta-feira, 24 de Dezembro de 2009

Cá por casa ainda se mantém a tradição

 

 

Iguarias tradicionais de Natal

 

Enquanto não chega hora da Ceia, vamo-nos deliciando com as iguarias tradicionais da época natalícia.

 

 

 


publicado por dinis às 18:44
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Terça-feira, 22 de Dezembro de 2009

Feliz Natal e um Bom Ano de 2010

 

Um olhar sobre as corridas e

Manuel Dinis

deseja a todos os amigos e visitantes, um Feliz Natal e um próspero Ano Novo de 2010 cheio de saúde alegria e paz, e uma maior consciência ao mundo pelo meio ambiente e por todos os seres vivos.

Morris Mini em Vila Real pilotado por Oscar Verdasca em 1980, 6º lugar na prova dos grupos 2,3,4e 5.

 

 

 


publicado por dinis às 23:15
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3º Encontro de Clássicos Além Corgo

Manhã muito chuvosa e com ameaças de alerta laranja não desmotivou o encontro programado para o dia 6 de Dezembro.

E assim o grupo de resistentes, mas também os mais teimosos encontraram-se para o 3º encontro de clássicos Alem Corgo. A chuva era uma ameaça constante e foi no café onde além das novidades do 4º Salão Automóvel Antigo-Classico e Sport de Aveiro e do espectacular stand do Portal dos Clássicos onde os entusiastas da região não olharam a esforços para a sua concepção.

O último encontro de Clássicos Além Corgo do ano 2008, foi acompanhado pela constante chuva e vento que impediu os nossos fotógrafos de obterem as tão esperadas imagens. Como alguém disse: "Alguns deles até tiveram coragem de tirar as relíquias da garagem, dizendo que foi apara as lavar..."

Aqui fica o cartaz como recordação

Até para o ano

 


publicado por dinis às 22:45
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Quinta-feira, 17 de Dezembro de 2009

Excursão automobilista turística - Porto, Amarante, Régua, Lamego, Castro Daire e Viseu

 

Acontecimentos Históricos no Douro na era da fotografia, era o tema de uma exposição de fotografia que percorreu os municípios do Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Lamego e Vila Real, no ano de 2007.

Intitulada A 90 à Hora, certamente um título um tanto ou quanto exagerado foi apresentado numa exposição na Câmara Municipal de Vila Real, incluída em sete temas históricos relevantes para a região principalmente na área dos quatro municípios acima referidos.

Um ano antes do inicio da Primeira Guerra Mundial, a Região do Douro assistiu à “invasão” de um conjunto de excêntricos e gloriosos admiradores das não menos excêntricas máquinas.

 

“A 90 à Hora” foi o título escolhido para esta excursão automobilística, como o precursor desta dos primeiros “rallys”.

 

A 90 à Hora

Este “Rally” turístico, realizado no Norte de Portugal, terá sido seguramente o primeiro do género em toda a região norte e um dos primeiros em Portugal.

Estas “máquinas diabólicas”, não sendo na altura já uma novidade, eram, no entanto, uma atracção e motivo de espanto para muitos. Em algumas cidades, vilas e aldeias por onde andaram e pararam, estes bólides  eram o alvo das atenções.

Em Abril de 1913 um grupo de adeptos deste meio de transporte, revolucionaram para a época, começou a deslocar-se numa espécie de Rally Turístico por vários itinerários do Norte de Portugal e um dos escolhidos foi o Norte de Portugal e um dos escolhidos foi a região do Douro e parte da Beira Alta. Com partida do Porto e passagem por Amarante, onde fizeram a sua primeira paragem, estes novos turistas fixaram-se na paisagem, onde se destaca a imensidão do Marão.

Mesão frio foi também passagem obrigatória rumando depois á Régua pelo Moledo, com paragem para um breve descanso dos homens e das máquinas. Serpenteando pela estrada acima “hoje nacional Nº 2” chegam à cidade de Lamego, como ilustra uma das imagens aqui apresentadas. 

Em Lamego, foram contemplar a cidade vista do Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, “d´onde se desfruta um dos mais esplêndidos panoramas que à vista humana é dado abranger”, como se pode ler na revista da época “Ilustração Portugueza”, que acompanhava o desenrolar destes passeios.

Após de largas horas de permanência na cidade de Lamego a Rally continuou a sua marcha seguindo por Castro Daire com destino a Viseu.

Texto da exposição

 Associação AI – Arquivo da Imagem

 

 

Mesão Frio - Régua

Estrada Nacional Nº2  Régua-Lamego

 

 

 

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publicado por dinis às 19:16
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Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2009

Neve em Vila Real

 

Acordei com neve à volta da casa

apanhando-me de surpresa logo pela manhã.

A neve rodeava a casa provocando um cenário maravilhoso e indescritível. A volta está tudo nevado incluindo o Alvão e o Marão.

Este manto branco estendeu-se um pouco por toda a região transmontana.

A chuva da tarde veio substituir a neve, impedindo as tradicionais brincadeiras com a neve.

Já a 4 de Dezembro, se tinha anunciado, alguns flocos de neve nos tinham avisado da vinda oficial do Inverno. 

Tombe La Neige

Salvatore Adamo

 

Tombe la neige
Tu ne viendras pas ce soir
Tombe la neige
Et mon coeur s'habille de noir
Ce soyeux cortege
Tout en larmes blanches
L'oiseau sur la branche
Pleure le sortilege

Tu ne viendras pas ce soir
Me crie mon désespoir
Mais tombe la neige
Impassible manege

Tombe la neige
Tu ne viendras pas ce soir
Tombe la neige
Tout est blanc de désespoir
Triste certitude
Le froid et l'absence
Cet odieux silence
Blanche solitude

Tu ne viendras pas ce soir
Me crie mon désespoir
Mais tombe la neige
Impassible manege

http://www.youtube.com/watch?v=K-DKXuWuoYM

 


publicado por dinis às 23:17
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Domingo, 13 de Dezembro de 2009

Santa Luzia

 

A festa da minha aldeia, Santa Luzia - Vila Nova de Cima

 

Do avô para os netos

 

Num dos mais belos outeiros Vila-realenses, surge na vertente Oeste-Sudoeste uma das mais encantadoras aldeias transmontanas, Vila Nova. 

            Identificadas pela fisionomia do terreno, encontramos dois aglomerados populacionais, Vila Nova de Cima e Vila Nova de Baixo, cujas origens se perdem ao longo dos tempos, na antiga Vila Nova de Panoias. Actualmente quase indistintos, desenvolveram-se ao longo dos anos, pelos numerosos habitantes, atraídos pela amplitude da verdejante paisagem, convidativo sossego e saudável ar puro.

            No alto da sua vistosa colina, encontra-se a capela de Nossa Senhora dos Remédios, local de recolhimento, encanto e mistério.

             Em meados dos anos vinte, uma nova "filha" ocupará para sempre o coração deste povo, acolhendo-A estusiasticamente, numa alegria própria de tão solene acontecimento.

            Como de costume os tradicionais festejos em honra de Santa Luzia, encontravam-se ao cuidado de uma comissão de festas composta por elementos das freguesias de Folhadela e Ermida.

            Representada numa artística imagem, esculpida em pedra, com pouco mais de um metro, revelava com sobriedade as suas remotas origens. Com todo o seu esplendor e rara beleza, escutava todos os que se lhe dirigiam, principalmente aqueles que se encontram na eminência de perder a visão.

          Próximo da casa do guarda da C.P., nas Penelas, encontra-se a sua capela, circundada pela linha de caminho de ferro e dissimulada num jardim de oliveiras, é local de encontro anual a 13 de Dezembro, para uma das mais solenes festividades religiosas.

 

          Inúmeros peregrinos caminhavam entre os diversos socalcos, ao longo de estreitos e sinuosos caminhos, onde a irreverência da rapaziada, se confundida com a alegria e o cuidado dos adultos. Outros, experimentavam pela primeira vez a vertiginosa velocidade do comboio, numa memorável e quantas vezes, única viagem.

          Campos desertos, um frio de enregelar, tudo e todos, aconselhando o calor do lar. Enquanto os dias aguardavam o solstício do Inverno e consequente aproximação das esperadas festividades.

          O dia começara bem cedo principalmente para os mordomos que, tradicionalmente ao raiar do dia, abriam as portas, iniciando as tradicionais festividades. Por entre a penumbra do amanhecer surge a capela, altiva e misteriosa, como que a querer esconder o mistério que para sempre a envolverá. Perante o espanto e a surpresa geral, numerosos devotos, tomam conhecimento, estupefacto, enquanto observam atónito o insólito acontecimento:

          - Porta arrombada e a constatação do inacreditável:

          - Falta da sua venerada santa.

          Várias foram as diligências então tomadas, mas o que é certo é que o mistério nunca se resolveu, contribuindo para as inúmeras histórias que ao longo dos anos alimentaram as mais diversas conversas.

          Nos anos seguintes, Vila Nova e Ermida, passam a celebrar a efeméride, enquanto a primitiva capela se vai deteriorando, com o decorrer dos tempos.

 

          Avô, conta mais uma história…

Filipe, Cristina, Mário e Emanuel Dinis,

                                                                                                          Nené

 

 

 

Publicado no jornal de Folhadela no final do século passado.

Conto de Mário Rodrigues Diniz

 

 

No século XIX o culto a Santa Luzia também era realizado na igreja de Santo António, no Calvário, em Vila Real a par da romaria á capela de sua invocação em Penelas, localidade pertencente na época á freguesia de Folhadela e agora partilhada com a da Ermida.

Com a chegada do caminho-de-ferro a Vila Real a 1 de Abril de 1906, a Linha do Corgo passou a servir a capela na estação de Carrazedo. Naquele que foi o primeiro traçado de via estreita construído e explorado pelo Estado Português.  

 

 

 

Hoje visitei pela primeira vez a velha capela de Santa Luzia nas Penelas que tanto o meu pai falava. Havia uma imagem da Santa, muito valiosa que foi roubada, embora houvesse gente que sabia do seu paradeiro, mas o que é certo . a Santa Luzia nunca mais apareceu e a capela hoje, encontra-se em ruínas.

 

 

Mosteiro de Santa Clara (século XVII)

 

 

 

 

 

Vila Real : Convento da Santa Clara
Edição : Ourivesaria Soares

 

 

 

O mosteiro de Santa Clara, da invocação de Nossa Senhora do Amparo, pertencia à Ordem das Clarissas, também chamadas Claristas, do nome da primeira freira professa, Santa Clara de Assis.

Foi seu instituidor o padre Jerónimo Rodrigues, cónego da colegiada de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães, abade de S. Miguel de Serzedo, e natural de Vila Real.

Segundo a inscrição que se encontrava gravada no interior da sua igreja, o mosteiro teria sido fundado e edificado em 1603. Ora, de acordo com a Rellação e outras fontes, a sua construção iniciou-se em 1602 e, em 1608, foi examinado pelas autoridades locais e considerado apto a receber as primeiras freiras.

Este convento localizava-se ao cimo do Campo do Tabolado, na rua do Carvalho, formando ângulo com a quelha dos Quinchorros.

Jerónimo Rodrigues, ao falecer, dotou o convento com 50 000 réis anuais e exarou no seu testamento uma escritura de instituição do padroado do mosteiro de Santa Clara, com 18 capítulos, os quais foram confirmados pelo arcebispo de Braga, e sentenciados, em 1609, pelo tribunal da Relação bracarense. Em 1721, o mosteiro tinha 65 religiosas   a disposição do fundador, neste caso, tinha sido revogada por breves apostólicos -, e era seu padroeiro Francisco Botelho Monteiro de Lucena.

Em 1855, quando se encontrava habitado por uma só freira, esta casa religiosa passou ao Estado que, no mesmo ano, a cedeu às recolhidas de Nossa Senhora das Dores.

Por fim, em 1926, o mosteiro foi demolido para a construção do paço episcopal da diocese de Vila Real e do seminário de Santa Clara.

"Memórias de Vila Real",   de Fernando de Sousa e Silva Gonçalves

 

 

 

Capela e

imagem de Santa Luzia em Vila Nova no dia da festa

 

 

Hino

 

Salve, salve, Luzia bendita,

Linda Estrela de intenso fulgor,

A guiar quem na terra milita

Pela paz, pelo bem, pelo amor

 

Castro lírio de intenso perfume,

Nos jardins lá do céu a brilhar

Tua vida em amor se resume

Virgem mártir de glória sem par.

Ó Virgem mártir

Santa Luzia

És nossa esperança,

Nossa Alegria.

 

Escuta as preces

Do povo teu

E vem guiar-nos

Da terra ao Céu

Ao Céu ao Céu

Não temeste no mundo a fogueira

Que o tirano a teus pés acendeu

Levantaste bem alto a bandeira

Da pureza, divino troféu.

 

Um milagre quis Deus que viesse

Demonstrar teu valor singular,

Virgem Mártir, escuta esta prece

Nos combates que iremos  travar

Coro

Vila Nova 13 de Dezembro

Im

Verso da estampa de Santa Luzia

 

 

Pitos de Santa Luzia


"Santa Luzia e São Brás

  fazem um par bem bonito

 o santo oferece-lhe a gancha

a santa promete-lhe o pito"

No dia de Santa Luzia, 13 de Dezembro, em Vila Real, manda a tradição que as raparigas ofereçam o pito aos rapazes seus eleitos, para que no dia 3 de Fevereiro, na festa de São Brás, os rapazes, retribuam a oferta com a gancha.

Atenção, o pito é um bolo recheado de doce de abóbora e, a gancha um rebuçado em forma de báculo bispal.

 

Lenda do pito de Santa Luzia

Ao contrário da maioria da doçaria regional que teve berço "conventual" os pitos, que a tradição manda comer no dia de Santa Luzia, tiveram criadora de origem rural e humilde, na aldeia de Vila Nova, em Vila Real, embora de "fábrica" igual à daqueles.

Foi uma moçoila dali que os "inventou" quando foi servir para o Convento de Santa Clara, onde tomaria o hábito depois dum noviciado entre a cozinha e o apoio aos pobres e doentes a que a Ordem, na sua misericórdia e caridade infinitas, dava guarida de hospital.

Maria Ermelinda Correia, de seu nome de baptismo, depois irmã Imaculada de Jesus, era deveras gulosa. Foi este defeito que levou a família a pedir a graça da clausura na esperança de lho transformar em virtude.

Conhecendo-lhe o "pecado", a penitente abstinência que lhe impuseram foi por isso mais forte, e por tal mais redentora, o que lhe agravava o mal e aumentava o padecimento. Na resignação e força da fé lá resistiu às investidas dum estômago ávido de coisas boas e doces. Não tinha acesso às muitas iguarias que se faziam no Convento, pois eram feitas mais para fora e para as mesas de festa das irmãs regulares.

E se no intervalo dum silêncio de "regra" conventual falava de doces, a resposta de advertência era sempre a mesma: "nem vê-los", dizia-lhe a madre superiora.
Na sua inocência, e começando a percorrer os caminhos da Fé e da Doutrina para o noviciado, tornou-se devota acérrima de Santa Luzia, orago dos cegos e padroeira das coisas da vista.
Não se sabe hoje ao certo o tempo e a razão desta arreigada crença. Os documentos consultados não o registam com evidente certeza. Tanto pode ter sido porque a madre superiora via muito mal, capacidade agravada na escuridão da clausura conventual, ou pelo agradecimento da ideia que lhe ocorreu para conseguir satisfazer, nos amargores do pecado, a doçura dos momentos escondidos.

Foi assim que os pitos de Santa Luzia lhe foram consagrados, e como tal testemunha a festa que ainda nos dias de hoje, a 13 de Dezembro, na capela de Vila Nova às portas da cidade, mantém a tradição.
E como apareceram os pitos?

A ainda Ermelinda, aspirante a irmã Imaculada de Jesus, tendo ouvido a história do Milagre das Rosas, ao orar a Santa Luzia teve uma visão que lhe aplacou a alma num milagre de doces esperanças.

Naquela manhã fizera o curativo a uns quantos enfermos. Na maior parte dos casos foram feridas, contusões e inchaços nos olhos. O remédio daquele tempo eram os "pachos de papas de linhaça".

Eram uns quadrados de pano cru onde se colocava a papa, dobrados de pontas para o centro para não verter a poção. A pequena "almofada" era depois colocada, como um penso, no ferimento.

Foi a sua redenção. Correu à cozinha e fez uma massa de farinha, pois a pouco mais tinha acesso, e cortou-a em pequenos quadrados. Não tinha doce mas, tendo guardado religiosamente o cibo de açúcar que lhe cabia em ração, fez uma compota de calondro (abóbora). O tacho ao lume poucas suspeitas levantava. As cascas e sobras só lembravam o pouco uso que tinha no caldo e o muito na engorda do gado. E a massa escurecida pelo ponto do açúcar não mais do que a linhaça da mézinha, que se quer cozida.

Dobrou a massa por cima da compota, à imagem dos "pachos", e cozeu-os no forno sempre quente a qualquer hora do dia. Despachou-se em seguida a escondê-los debaixo do catre da sua cela.

No caminho cruzou-se com a Madre Superiora. No meio da escuridão a abadessa pergunta-lhe o que leva no tabuleiro. A velha senhora ainda empina o nariz para ver se o adivinha pelo cheiro. Diz-se que na falta de um ou outro sentido os restantes se apuram, mas nesta apenas o ouvido era de tísica.

A resposta, depois de um primeiro engasgar, soltou-se logo. Era tudo em nome das duas santas, a da "receita" e a das rosas, imitadas nesta aspiração de ser igual quando se professa e toma hábito e voto:
"São pachos de linhaça Irmã Madre... para os meus doentinhos que amanhã virão".

Dali para a frente, e já Irmã Imaculada de Jesus, fez sempre que podia, houvesse ou não olho tumefacto, gretado, remeloso ou negro de um qualquer sopapo de briga de feira, os "pachos" de abóbora.

Não eram muito agradáveis à vista mas, ao menos, satisfaziam-lhe a gula e calavam na profundeza da alma o pecado que não sentia porque, comendo-os na escuridão da cela e da noite, sabia, porque o tinha ouvido dizer, que "do que não se vê não se peca".

Da evolução dos pachos de abóbora para os pitos que no dia de Santa Luzia se celebram, não rezam as crónicas consultadas, e outras não há que o confirmem ou desmintam.

Vá lá a gente saber o porquê de uma história que, tendo origem tão santa, se vê, talvez na lucobricidade dos Homens, transformada num ritual de trocas e promessas. O pito é dado a quem, de outro santo e outro doce - as ganchas de S. Brás - a deram antes para receber aquele agora.

claudia

 

 

 

E assim os Pitos de Santa Luzia foram lhe consagrados, e como tal testemunha a festa que ainda hoje, a 13 de Dezembro, na capela de Vila Nova de Cima e na Ermida, ainda mantém a tradição.

 

 

Pitos de Santa Luzia


- 150gr farinha de trigo
- 75gr Manteiga sem sal (à temperatura ambiente)
- Água
- Sal refinado
- Doce de abóbora
- Açúcar em pó

Amassar a farinha com a manteiga e uma pitada de sal, delicadamente.
Juntar um pouco de água e amassar. Ir juntando a água até a massa deixar de pegar e ficar algo consistente.
Deixar descansar entre 15 a 20 minutos.

Untar um tabuleiro com um pouco de manteiga e polvilhar com farinha.

Estender a massa numa mesa polvilhada com farinha e corte-as em quadrados com 10cm de lado. No centro dos quadrados coloque uma colher pequena de doce de abóbora. Dobre as pontas para o centro, unindo-as de forma a formar uma trouxa.
Leve a forno já quente, a 160ºC, durante 15 minutos.

Não tosta nem ganha cor.

 

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publicado por dinis às 23:09
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Sábado, 12 de Dezembro de 2009

Manoel de Oliveira 101 anos

 

 

O cineasta mais antigo do mundo, Manoel de Oliveira , piloto de automóveis.

Em 2008 o seu centenário foi o centro das atenções

Manuel Cândido Pinto de Oliveira nasceu no Porto, a 11, mas foi registado como se tivesse nascido no dia seguinte, 12 de Dezembro de 1908.

Definido como a testemunha de um século (Marceline Ivens), ou um jovem farsante que se faz passar por velho (Michel Piccoli)

Filho do primeiro fabricante de lâmpadas em Portugal. Manoel de Oliveira é o mais velho realizador em actividade no mundo.
O seu primeiro filme “Douro, faina fluvial”, foi financiado pelo seu pai e estreou-se em 1931, mudo e com fotografia de António Mendes, tinha uma duração de dezoito minutos, tendo sido recebido muito mal pela critica nacional : o filme foi assobiado e pateado, levando os críticos estrangeiros presentes a perguntar se em Portugal se aplaudia assobiando e batendo os pés.
O seu ultimo filme “Cristóvão Colombo - O Enigma” é inspirado no livro "Cristovão Colon era Português", de Manuel Luciano da Silva e Sílvia Jorge da Silva. . Embora narre uma história de amor, o filme defende a origem portuguesa de Colombo. Uma tese também perfilhada por Oliveira, que exemplifica com o facto de o navegador "ter dado à maior ilha por ele descoberta, no mar das Antilhas, o nome da sua terra natal, Cuba"

Recentemente rodou uma curta-metragem sobre os Painéis de São Vicente de Fora, uma reflexão pessoal de Manoel de Oliveira sobre os painéis de Nuno Gonçalves, uma das obras-primas da pintura portuguesa do séc. XVI.


Mas foi em 1938 com o documentário – Já se fabricam automóveis em Portugal e exibido recentemente na Exponor que nos mostra um pouco do automóvel em Portugal.
“Aspectos nacionais da indústria de automóveis, modelo Edfor. “O Eduardo Ferreirinha era um génio da mecânica, tinha várias patentes. Foi ele que fez os carros em que eu corri; ao todo, três. Depois, para a família Meneres, representante da Ford no Porto, criou o Edfor: "Ed" de Eduardo, "for" de Ford.
Ainda segundo Manoel de Oliveira, o título em epígrafe foi preferido ao que consta na película – PORTUGAL JÁ FAZ AUTOMÓVEIS – por ser gramaticalmente mais correcto.”


O AutoClássico, apresentou nos dias 29 de Setembro a 1 de Outubro, no ano de 2006, onde uma interessante exposição fotográfica, vários troféus e um (Ford V8 Especial) nos recordou a sua trajectória como piloto de automóveis, nos anos trinta, conjuntamente com o seu irmão Casimiro de Oliveira, ele já uma presença assídua nas lides automobilísticas de então.

Em 1940, casou com Maria Isabel Brandão Carvalhais e abandonou a seu pedido a actividade automobilística.

Algumas classificações

1936 - V Circuito Internacional de Vila Real
2º. - em BMW


1937 - 6°. Circuito Internacional de Vila Real
4º. - em Ford V8 Especial

1937 - Circuito Internacional do Estoril
1º. - em Ford V8 Especial, 30 voltas, 84,300 Km em
49m. 47s à média de 97,415 Km/h

1938 - IV Grande premio da Cidade do rio de Janeiro Gávea - Rio de Janeiro
3º. - (Ford V8 Special)

Em 1938, o Jornal Português faz manchete: "II RAMPA DO GRADIL GANHA POR MANUEL DE OLIVEIRA, NUM CARRO EDFOR".
Depois do centenário o 101º aniversário
Antigo piloto de automóveis, aviador, actor, director, produtor, roteirista, montador, director de fotografia, sonoplasta, domina assim todas as etapas do processo de produção e criação da arte cinematográfica. Outra marca característica sua é a constante actualização, movida por uma curiosidade e lucidez de quem vê o moderno, mas não perde de vista a História, a literatura, o teatro, a filosofia, aliada á uma evidente preocupação para com o futuro da civilização.

Em Portugal já se Fabricam Automóveis, sobre o modelo Edfor, que se procurou comercializar no Porto é um pequeno documentário realizado em 1938.

 Já Se Fabricam Automóveis em Portugal - Em Portugal Já Se Fazem Automóveis - 1938

«Aspectos nacionais da indústria de automóveis, modelo Edfor. «O Eduardo Ferreirinha era um génio da mecânica, tinha várias patentes. Foi ele que fez os carros em que corri; ao todo, três. Depois, para a família Meneres, representante da Ford no Porto, criou o Edfor: Ed fr Eduardo, For de Ford. O motor Ford era a base, com um Châssis modificado e uma carrosseria própria. O objectivo era comercializar; mas só fez dois carros». (Manoel de Oliveira)».


Manuel de Oliveira e Vasco Sameiro na homenagem ao último, a 17 de Abril de 1997, em Vila Real, onde visitavam a exposição de fotográfica e de automóveis antigos.

Manoel de Oliveira Piloto de Automóveis -Biografia de Manoel de Oliveira, enquanto piloto de automóveis.

 


publicado por dinis às 20:43
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Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2009

Gentleman Drivers Braga 2009 Parte 11

Era já noite quando terminou esta excelente jornada automobilística

Datsum 1200

Carlos Lobo - AC Cobra

Alberto Grilo - Merlyn Mk17 Steele

Mini

Ford Escort

Porsche

Domingos Sousa Coutinho - BMW 2800 CS

Rui Sanhudo - Unipower GT

Jorge Guimarães - Volvo 122 S

 Pedro Matos - Lotus 61M

Alberto Grilo - Merlyn Mk17 Steele

Datsun 1200

Carlos Maciel/Anacleto - Ford Cortina GT

Rufino Fontes/Carlos Abreu - Alfa Romeo Giulia Super

Rui Sanhudo - Unipower GT

Inês Sousa Ribeiro - Jaguar XJC 12

Rufino Fontes/Carlos Abreu - Alfa Romeo Giulia Super

 

 


publicado por dinis às 19:02
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Terça-feira, 8 de Dezembro de 2009

Gentleman Drivers Braga 2009 Parte 10

E os clássicos encontravam-se um pouco por toda a parte,

 


publicado por dinis às 01:00
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Gentleman Drivers Braga 2009 Parte 9

O repouso dos guerreiros

A Arantes Chevrolet Corvette

Filipe Vitorino Ford Mustang 1965

 

Miguel Menezes Sunbeam  Alpine Série 2

 

 

 


publicado por dinis às 00:28
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